Esperança

( Poesia Melodiosa - Zi062 ).

Naqueles idos, tempos, da pobreza:

Farinha, água, sal e chás, eram as ceias.

Mamãe insistia, até, com a riqueza;

Gostem disso, que não aliviarão areias.

Ah, bom banho, do banho de bacia!

Doada por alguém, que conseguia tudo,

Sorvendo, dos instantes da regalia,

Antes que esvaziasse, do seu conteúdo.

Eu Lembro, mas não lembro de tanto...

E era quase nada, e era quase o tudo,

O que, por sina, apresentava em cena...

Onde ter força, ao menos, ao pranto?

De um riso pálido, de um grito mudo...

Só Esperança, é quem amenizava a pena...

E era quase nada, e era quase escudo...

Naqueles idos tempos da pobreza:

Farinha, água, sal e chás, eram as ceias.

Mamãe insistia até com a riqueza;

Gostem disso, que não aliviarão areias.

Eu Lembro, mas não lembro de tanto...

E era quase nada, e era quase o tudo,

O que, por sina, apresentava em cena...

Onde ter força, ao menos, ao pranto?

De um riso pálido, de um grito mudo...

Só Esperança, é quem amenizava a pena...

E era quase nada, e era quase escudo...

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 14/01/2024
Reeditado em 10/02/2024
Código do texto: T7976269
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