Navio negreiro, herdeiros do terror.
Num navio negreiro,
Viajava o ratinho,
A caminho do puteiro.
Era um mundo de peles segregadas,
Vindas de uma era de dor,
Eram peles interligadas pelo "amor".
Assim nasciam crioulos,
Herdeiros do terror,
Cujos louros eram o clamor.
E os pequenos ratos, brancos de dor,
Roíam o que sobrava do amor.
Frutos baratos, de uma árvore sem doçura.