conjuntura - para - Guinha(indio velho) Ramires

Olho o amanhã

uma menina

outra foz

que se destina

trago em mim a nós

Casa aberta

janelas

acima

outra força

faz

encaminha

o tempo é o dom de passar

E querer

o agora

é pertinente

a alma vive

o que sente

sendo

assim

por que lastimar

Vindo

se juntando

é próprio o caminho

vida

vivos

somos peregrinos

o tempo é o dom de passar

Que atire

a primeira pedra

passe a perna no vizinho

vote em outro colarinho

vá pra porta da escola

ou

entre escola adentro

se abanque

fique atento

peça o que é do seu direito

exige

que ainda é tempo

Olhe

a ponta da espada

defronte ao bico do peito

todo dia é madrugada

visto que não tem mais jeito

se o ontem fosse agora

o futuro era perfeito?

Anoitece na murada

vá!

sai deste parapeito

não tem mais jeito

apara no peito

não tem mais jeito?

ah!

Para

Tatiana Cobbett
Enviado por Tatiana Cobbett em 09/01/2008
Reeditado em 04/03/2008
Código do texto: T810366