conjuntura - para - Guinha(indio velho) Ramires
Olho o amanhã
uma menina
outra foz
que se destina
trago em mim a nós
Casa aberta
janelas
acima
outra força
faz
encaminha
o tempo é o dom de passar
E querer
o agora
é pertinente
a alma vive
o que sente
sendo
assim
por que lastimar
Vindo
se juntando
é próprio o caminho
vida
vivos
somos peregrinos
o tempo é o dom de passar
Que atire
a primeira pedra
passe a perna no vizinho
vote em outro colarinho
vá pra porta da escola
ou
entre escola adentro
se abanque
fique atento
peça o que é do seu direito
exige
que ainda é tempo
Olhe
a ponta da espada
defronte ao bico do peito
todo dia é madrugada
visto que não tem mais jeito
se o ontem fosse agora
o futuro era perfeito?
Anoitece na murada
vá!
sai deste parapeito
não tem mais jeito
apara no peito
não tem mais jeito?
ah!
Para