Em Branco

Quem sabe um dia eu saiba ver

Que o brilho está nos olhos e que há males que vêm para o bem

Que beijo não é tatuagem, marca ou cicatriz

Que a vida é um livro em aberto de linhas incertas

Que esperam pela tinta da caneta que falha

E nos guia a esmo pelas folhas em branco

Ora em linha reta, ora ziguezagueando

Nada mais belo que não saber

O que nos reserva o futuro neste sol que acabou de nascer

Lágrimas hão de vir, e alegrias também

Mas venha o que vier, que venha novo, imprevisível

Em linhas incertas

Que esperam pela tinta da caneta que falha

E nos guia a esmo pelas folhas em branco

Ora em linha reta, ora ziguezagueando

Ainda bem que eu não sou vidente

E nem tenho bola de cristal

E que não sei se essa nossa história

Termina bem ou mal

Não sei se um dia serei hare krishna

Ou me caso no Afeganistão

Mas venha o que vier, que venha novo

Pela primeira vez na televisão

Em linhas incertas

Que esperam pela tinta da caneta que falha

E nos guia a esmo pelas folhas em branco

Ora em linha reta, ora ziguezagueando

Thiago Zanetti
Enviado por Thiago Zanetti em 03/05/2008
Reeditado em 03/05/2008
Código do texto: T972663
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