O HOMEM FEIO

Fui tirado à ferro da barriga de mãinha, tava atravessado. Três dias dispois marelei.

Disque foi a tar tiriça. Só cura com benzição i banho de picão macho.

Na infância fui lumbriguento i chorão.

Quando cresci piorô, virei vergonhoso, espinhento i prá piorá tinha chero de mula.

Ia nos baile i não dançava, torto com eu, só eu memo.

Inté que pareceu uma muié vesga e beiçuda, disque incantô. Caçei jeito de casá.

Mas ela era tão feia, mais tão feia... Não dava de encará. Tomava uns trago antes.

Inda bem num durô muito. Morreu intalada com um naco de calango nem chorei!

Por esse tempo painho i mâinha foi pro reino da glória, junto com meu Padim Padre Cícero.

O jégue de painho fico numa disisperança de dá dó. Noiteceu i num manheceu.

Adispois foi visto, lá prás banda das terra do coroné Tenório.

Pois é! Tô aqui com minha feiura, cabeça torta de nascensa, fumando meu cigarrinho de paia, as vêz amolo meu canivete, tiradô de calo grosso, pois é!

CARO LEITOR ASSÍDUO

TUDO BEM!!! JÁ NOTEI!!

O texto está enfadonho e deselegante, não tinha objetivo de escrever assim, com tamanho desrespeito com a linguagem formal, mas as palavras foram se agrupando aos borbotões!

Não tive ímpeto de acalma-las, decidi deixa-las sem rédeas. Deu no que deu!

Vou matar esse cabra da muléstia e o desfecho será em poucas linhas.

Aguarde.

Ai!! Tô sintino impachado, valei meu deus das artura! Será que foi o bode véio que Dos Anjos fez pro armoço? Eu vi, ela nem cuzinhô as pata junto. Tô sintino uma travessada na minha buchada.

Ai!!!! Meu Padim!! Me socorre, tô escuidano cantoria de velório, minha hora chegô.....

Adeus mundão sem serventia!