Sociolingüística. (pp. 01 - 44). Unidade A- Introdução ao estudo da linguagem no contexto social. GORSKI, E. M. et al. Sociolingüística. UFSC, UAB – Florianópolis, 2009.
O presente artigo é baseado para os estudos da Sociolingüística, em que destacamos o lingüista americano Noam Chomsky, estudioso importante para o desenvolvimento da mesma. Com o estatuto científico que se credencia a Saussure onde inaugura a lingüística moderna, ele considera a língua sendo o único e verdadeiro objeto da lingüística.
Saussure postula algumas dicotomias, como langue e parole, sincronia e diacronia. A Sociolinguista Laboviana é foco principal desta unidade chamada também de Teoria da Variação ou Mudança, acabando por recorrer alguns autores do século XX, como o lingüista Nicholas Marr que propôs que todas as línguas têm a mesma origem, são instrumentos de poder e reflete a luta de classes.
Conhecendo a lingüística soviética, Bakhtin questiona a perspectiva estruturalista abstrata, que defende o foco da língua na interação verbal historicamente contextualizada. Sendo que se observamos a língua, vemos que ela é um fenômeno social, e é adquirido com o meio.
Prosseguindo iremos retratar a Sociolingüística Variacionista, fundada pela grande influencia das pesquisas do lingüista estadunidense William Labov, em que tanto os estruturalistas como os gerativistas deixam de lado as influências históricas, ideológicas e sociais do meio, sobre a estrutura lingüística, fazendo com que valor social das formas lingüísticas e todo o estudo empírico das mudanças da língua ficavam por excluídos.
È diante disso que William Labov se posiciona e começa pesquisas, sobre a estrutura das línguas, mudanças e variações lingüísticas, produzindo o livro “Padrões Sociolingüísticos”, ele apresenta os principais postulados
teóricos e metodologia empírica sobre essa visão. O próprio criticava Saussure, pelo fato de desconsiderar os fatores externos da língua ao defini- la como um sistema de signos que estabelecem relações entre si, Labov se coloca contra a primazia dos estudos imanentes da língua.
O foco principal de Labov é a presença do componente social, na análise lingüística, a sociolingüística estuda a relação entre a língua e sociedade, e do estudo da estrutura e da evolução da língua da linguagem, suas pesquisa tivera inicio na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na década de 70, e até hoje as linhas de pesquisa se ocupam da descrição de fenômenos variáveis no português do Brasil.
Na perspectiva Laboviana as línguas estão diretamente ligadas a noção de heterogeneidade, pois as línguas são um sistema heterogêneo e não homogêneo como Saussure e Chomsky descreviam. Assim a língua comporta regras variáveis, em que relaciona duas ou mais formas lingüísticas de modo que, quando a regra se aplica ocorrem umas das formas e quando não se aplica ocorre outra forma. Portanto, a presente unidade desse artigo tem como objetivo levar o leitor a reflexão sobre a língua no meio social, e analisar a visão de Labov, que é bem diferente de Saussure e Chomsky, relembrando os termos sociolingüísticos, e levando o leitor a se deleitar na discussão sociolingüística.