INCONGRUÊNCIA



 
 
Virou moda uns pseudo-s professores de português inventar palavras ou termos inúteis para justificar erros injustificáveis. São centenas deles. Um dos termos que mais me incomoda e me irrita profundamente é a tal de “MÃE SOLO”. Isso, mais do que burrice e uma afronta à língua portuguesa.
Não existe mãe solo, pois até os dias de hoje a ciência não descobriu uma fórmula que permita a criação de um ser humano sem o concurso de duas pessoas. Macho e fêmea. O esperma dos dois sexos tem obrigatoriamente que se fundir, independentemente do local, se num vidro ou no útero.
Mãe solo não existe. Existe apenas mãe. Casada, solteira, desquitada, divorciada. Nenhuma mãe fez ou faz um filho sozinho. Mãe solteira é uma balela pra boi dormir.
Como eu tenho o hábito de escrever me preocupo bastante em ler e estudar, pesquisando em fontes que considero sérias como os nossos dicionários da língua portuguesa. Vejam o que encontrei sobre o verbo solar:
Significado de Solo: Substantivo masculino. “Trecho de música a ser executado por uma só pessoa ou um só instrumento”. “Bailado executado por um só dançarino”. “A primeira viagem que o jovem piloto faz sozinho (vôo solo)”.
Sinônimos de Solo: Solo é sinônimo de: pavimento, chão, soalho. Definição de Solo: Classe gramatical: adjetivo de dois gêneros e dois números, apositivo e substantivo masculino. Flexão do verbo solar na: 1ª pessoa do singular do presente do indicativo
Separação silábica:
so-lo.
Será que isto não é suficiente para provar a imbecilidade de quem inventou o termo “mãe solo”? Penso, salvo melhor juízo, que criar um(a) filho(a) sozinha por uma mãe zelosa, a partir da concepção não faz dela uma solista de nada. Sempre será apenas uma mãe, independentemente do seu estado civil, se casada, divorciada, desquitada, amasiada (em união estável) ou solteira.