EXPERIÊNCIAS DA VIDA

Desde a primeira vez que eu saí para morar fora do país pela primeira vez, aos 16 anos, muita gente já me perguntou como eu aguento passar tanto tempo longe. Eis que quase 12 anos se passaram desde a primeira experiência, e eu ainda não encontrei uma resposta pra essa pergunta. Diferente do que muitos pensam, os questionamentos acerca dessa questão ainda são muitos. Morar no exterior é a melhor e a pior coisa do mundo, é viver um sonho e ironicamente querer acordar de um pesadelo, é vivenciar o paraíso e o inferno em doses extremas, é querer ter o poder de congelar e também de acelerar o tempo, é desejar estar em dois lugares simultaneamente, é aprender a conviver com a saudade, e aceitar o fato de que ela vai ser sua companheira durante o dia, e que vai fazer você sofrer quando a noite chegar! Viajar é também se questionar se você vai voltar a rever todas as pessoas de quem se despediu, já que a gente não tem controle sobre a vida. Não é uma decisão que se toma uma única vez no país de origem, é uma decisão que se toma diariamente! Os primeiros dias são sempre mais difíceis, porque adaptação exige tempo, força, coragem e persistência! Morar fora é chegar no seu limite, e mesmo assim, descobrir que você sempre consegue ir além! Não é fácil ficar longe das pessoas que a gente ama, dos lugares que fazem parte da nossa rotina, das coisas que costumávamos fazer... mas é isso o que faz a gente se dar conta do quão forte a gente é, e que mesmo tendo vontade de sair correndo e voltar pra casa, a gente continua, porque sabe exatamente o motivo que nos trouxe tão longe! Morar no exterior não é só estudar, trabalhar, passear e viajar, é MUITO mais do que isso! É aprender, amadurecer... rir, chorar, logo crescer!

Morar fora é uma experiência maravilhosamente sofrida, e sofridamente maravilhosa! Já diria Oswaldo Montenegro: “Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade...”!