Da dor causada...

Talvez, talvez eu (você) ainda precise acreditar mais em mim. Entender que como me olho no espelho o espelho se vê em mim. E a reação é a minha. Fugir, se esconder, usar máscaras. Na verdade não sou eu que estou com a cara escondida atrás das asas de uma ave que sou eu. Não sou eu que não sou corajosa para sentir o mundo, viver nele e caminhar nele sem amarras, sem máscaras e enfeites. Não sou eu que uso de subterfúgios, de jogos, de acordos e acertos para falar o que me vai no coração. Olha meu diário de vida, olha minhas cicatrizes na cara - não consigo ver as tuas nesta tua carta sem sentido, cheia de raiva e dor, uma afronta sem explicação eternizada num pergaminho do tempo, carregada de desamor - . Olha ao teu redor, você respira raiva ao invés do amor que lhe é dado. Eu não sei porque mundos você anda, não sei quem de morte te feriu, não sei que veneno bebes todos os dias para pegar as facas e jogar com tanta vontade com quem passa ao largo de teu jardim. É triste não ver-se amado, não entender acarícios de amor, confundir sentimentos e negá-los... Olha! Passa no MEU JARDIM, veja as flores, toque as asas, a melodia... o amor, puro e verdadeiro... se isso não tocar seu coração, cara, não há mais nada, nem ninguém que possa alcançar você...

22 de setembro de algum passado guardado nas páginas de um diário da vida.