Medo
 
Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores (Salmos 34.4)
 
Leia 1 Reis 19. 1-9.
 
Quando estamos com medo, nossa tendência é pedir a Deus que nos socorra e salve. No texto de hoje vemos o contrário. O medo pode deixar alguém desesperado, mesmo que seja um homem de Deus como Elias, que chegou a pedir em oração que o Senhor acabasse com tudo aquilo.
 
A causa do seu desespero não era imaginária. Era bem real: ele não suportava mais a pressão a que estava sujeito, pois a rainha queria matá-lo e tinha meios para isso. Este tipo de pavor é normal; quem não tem medo de morrer?
 
Veja como é o nosso Deus: ele ouve todas as orações, seja lá de quem for, mas atende-as à sua maneira, pois pessoas inseguras e desesperadas, como o profeta naquela ocasião, não sabem pedir. Elias pediu para morrer e Deus deu-lhe descanso para reanimá-lo.
 
Ele não estava sozinho, o Senhor o acompanhava e por duas vezes mandou um anjo alimentá-lo, porque estava triste e fraco, tanto que precisou dormir novamente. Não podemos ser heróis (Elias também não foi – chegou a desistir de tudo) mas, quer a causa do medo seja uma ameaça real, como no caso de Elias, quer seja imaginária, como muitas vezes acontece, é impossível levar nossa preocupação a Deus e pedir-lhe que cuide dela.
 
O próprio Senhor dará as forças e o ânimo de que precisamos quando nos entregamos às suas mãos. Quando pedimos ao Senhor que nos faça companhia, o receio desaparece e teremos as forças necessárias – como Elias, que depois encarou uma longa viagem a pé para, em seguida, ser informado de vários projetos que Deus ainda tinha para ele.
 
A Bíblia confirma essa ajuda que Deus nos proporciona, como por exemplo: “Com o meu Deus posso transpor muralhas” (Salmos 18.30) ou “Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem, mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças” (Isaias 40. 29-30).  Elias Torres
 
Texto extraído do livro devocional o Presente diário 16.