O ego e o poder

Existe a cautela em se referir ao próprio ego, devido ao fato de acreditarem ser característica de pessoas primitivas, como se fosse extinta, ou uma abjuração (renúncia) conjugada do ser vivente. O ego é tratado como parte interferida e amedrontada daquele que não possui o autocontrole básico, e que por diversas vezes, é abstraído do pensamento e deixado de lado como mazela intocável, abdutora (que afasta) de inúmeros sentimentos prodigiosos.

Caberá a nós obter uma forma de contornar o orgulho e a vergonha sobre esconder o que é preciso ser vasculhado para que haja entendimento de que o ego deve ser tratado como propriedade natural, porém dispensável perante o caminho da evolução.

Por haver sentimentos benéficos acrescidos da manutenção do amor próprio, às vezes, por si equivocado, o ego tende a desenvolver-se como válvula escapatória do refúgio de sentimentos destrutivos provindos de comentários maledicentes alheios ou degeneração dignatária própria. (de sua autoridade – esta palavra é reconhecida por alguns dicionários e pela academia de letras, porém não é utilizada de modo unânime, utilizam geralmente a palavra ‘dignitário’)

Não se observa que esta válvula pode interferir em realidades que, haja necessário, a vivência de certas ocasiões e estímulos desenvolvedores, como a pobreza e humildade, pois existe o intuito de verificar que o poder vai além do aspecto material de ‘ter’.

O ego atinge ondas psíquicas que modelam as características observantes do indivíduo sofredor e faz com que o mesmo veja não apenas positividade em seu desenvolvimento, como cria invariavelmente, de forma a ser escondida por si, um jeito de se encontrar merecedor de objetivos que não necessariamente poderão se concretizar, por motivos infindavelmente notórios ao espírito que preza determinado crescimento em área solicitada na sua evolução moral.

O ego se confunde com amor próprio, por aquele que se permite enganar como quem produz à frente de sua imagem autodestrutiva a auto piedade, e como forma de solucionar seu problema, criado por indagações e objeções errôneas, um poder doentio que causa mais afrontes pessoais.

Aquele que produz o egocentrismo desnecessariamente pela afirmação de uma subjetividade negativa que pessoalmente produziu, deve constatar diariamente que não se satisfaz ou não produz de acordo com o que acredita ser capaz, sobre suas capacidades intelectuais e prodigiosas.

Perceberá que esta válvula de escape faz sofrer bem mais do que o próprio sofrimento em vida.

E o jubilamento (contentamento) na estadia terrestre deve ser visto como salvação para minimizar efeitos por si criados. Torna-se necessário, para tal, evitar pensar no que é capaz de fazer por se auto afirmar perante os demais no entorno e firmar-se no intuito de ser entendido por si, sendo capaz de discernir que erro é afirmar-se em ego frágil.

Pois o giro da Terra faz com que os lados cheguem ao mesmo lugar, e aquele que quer se estagnar acaba sendo girado forçosamente sem acompanhar a verdade indiscutível.

Vê-se que o ego faz acreditar em um poder doentio. Compreender suas capacidades está além de se achar capaz para impressionar. Entender-se é ficar contente consigo e permitir seguir o que deva ser vivido, segundo as obras presentes.

O ego interfere no andamento do destino. Assim que entender capacidade do ego, será possível se desenvolver de forma mais concisa, a fim de atingir objetivos esperados. Pois aquele que se desprende do erro, produz, obedece, realiza e atinge.

Socorre pois a si, armazena conhecimento, verifica o que almeja e produz sem pensar se merece pouco ou mais. O grau de merecimento se dá segundo a obra e não segundo o que se espera.

Euler

João Coutinho

16/04/2018”