"Ser semente, não fruto"

Quando ouvi essa frase parei para pensar... Nunca tinha me dado conta da grandiosidade dessa verdade.

Nós nos prendemos ao fruto ou ao perfume da flor, as frutas amadurecem e apodrecem, as flores, desabrocham, florescem e murcham... Quem dá continuidade à vida? As sementes... “Mentes” ...

Se nós pararmos para pensar, a natureza é nosso grande mestre...
Se não repassarmos aquilo que aprendemos e fizemos no decorrer de nossas vidas, de que valeu viver?

Somos sementes...

Independentemente do tempo e espaço em que estamos inseridos, se compartilharmos o pouco que aprendemos e sabemos, certamente promoveremos evoluções e continuidade nas sucessões e aprendizagens...

Priorizar a semente na naturalidade da vida, penso ser uma dádiva sensacional! Promover no despertar em cada dia fazendo algo para si e ou para com os outros, de acordo com as nossas escolhas e possibilidades.

Mesmo que seja uma ínfima troca de rotinas que costumamos fazer sem imaginar o quanto é relevante diferenciar, fazer algo, seja como for, ou para quem for. Nada é estanque. Quaisquer movimentos geram algumas alterações nas energias presentes. Em especial em nós e para com os que fazem parte do nosso universo no cotidiano.

Vivemos atrelados aos calendários, sim! A vida no dia a dia exige uma certa organização em virtude de muitas condições socioculturais e organizacionais dos sistemas. Sim..., No entanto: e nós, Seres? Estamos fazendo a nossa parte? Até que ponto?

Somos sementes... Precisamos proliferar com ternura e compaixão. Repassar, deixar informações que nos foram passadas, para que sejam recicladas e reconstruídas conforme os ciclos que estão passando...

Que aquilo que foi bom e fez florir, prolifere e alegre trazendo mais esperanças nas desesperanças aos semelhantes... Reiniciando também as nossas vidas e as suas vidas, para um novo recomeçar... Penso...


Produção texto: Miriam Carmignan