OUTRA MENSAGEM NATALINA

NATALINOS - Contos

Continuo a fazer, pra você, para tantos e para tal, mensagens de Natal antecomercial, e desta feita... era eu menino ainda e por consequência mais feliz eu era pelo Natal. Sempre sonhava com coisas maravilhosas, cheio de esperanças, mas, ao mesmo tempo, sentia tristeza, por que era sozinho, sem um companheiro para brincar. Ficava, porém, alegre quando chegava o dezembro e ouvia o repicar dos sinos da Igreja Matriz da minha cidade, as lindas canções de Natal do Deus Menino e o espoucar dos foquetes, cujo barulho enchia mais de festas a minha pequena cidade.

Apesar de não ser uma criança tão quieta, naqueles dias, porém, que antecediam a véspera do Natal, fazia tudo o que fosse de bom, para assim, não maltratar ou não zangar, o meu Papai Noel, pois tinha eu a certeza, naqueles tempos de criança que fazendo tudo correto e colocando meus sapatos abaixo da cama, acharia por certo, no dia do Natal do Cristo, um lindo presente, vindo dos Céus e trazido pelo mesmo Papai Noel.

É preciso que se diga entretanto, que levava eu, com antecedência, meus sapatinhos amarelos, para engraxá-los brilhantemente.

Os dias se foram passando e, de certa feita, chegou o dia 24. Por consequência a véspera do maior dia da Cristandade, o meu grande dia de festa, dia 25 de dezembro, o dia, finalmente, no qual as crianças todas, com a maior alegria do mundo, esperam receber o seu presente que vem nos dizer algo de lembrança sobre o nascimento do Menino Jesus.

Naquele dia, bateram os sinos com mais força, as ruas embandeiradas amanheceram embelezando toda a cidade, os fogos barulhentos e multicoloridos subiam ao céu como se fosse um convite ao Papai Noel, para que não faltasse as criancinhas da minha Cidade. Ouviam-se hinos carcterísticos da grande data, os quais eram executados em todas as casas. Os galos como quem alimentavam a sinfonia de tanta música já existente como se o seu "canto", que também lembrava o dia de festa do nascimento do Jesus Menino. Presépios haviam por toda parte, com as árvores de Natal cheias de brinquedos e enfeites, viam-se por todo o comércio da Cidade.

Naquele dia, apesar de tanta festa e tanto barulho, fui dormir cedinho, na expectativa de ao abrir os olhos encontrar o meu presente, a dádiva do Ceú, trazida pelo encantado Papai Noel. Foi difícil, porém, que eu adormecesse de logo, o que, entretanto, acabou acontecendo, ninado que fui por uma linda canção.

Pela manhã do dia 25 de dezembro, naquele ano que já vai longe, a primeira coisa que fiz ao despertar como quem assustado, foi abrir rapidamente os olhos e olhar depressa par os meus sapatos que, como bem sabem todos, também os pus abaixo da cama... Triste e supreendentemente, todavia, nada nos mesmos encontrei. Tendo porém, ouvido um choro de criança pequenina e naquele momento, recebido um presente do Céu, pois meu irmãozinho acabara de nascer, razão que me fez achar muita graça da disparidade entre o seu e o meu nascimento, pois tinha certeza de ter vindo ao Mundo trazido pela cegonha e ele, o meu pequenino irmão, chegado à Terra pelo velho Papai Noel.

São coisas deste mundo!!!