Uma mensagem de Natal (reeditado)

Os deuses sentiam-se entediados em um canto qualquer no fundo do céu.

Tinham tantos motivos para se divertir e tantas aventuras para viver, e tantos desejos para atender e tantos pobres para socorrer...

O tédio dos deuses aumentava sempre no final do ano, principalmente para aqueles que estavam encarregados de assistir ao planeta Terra.

Inumeráveis solicitações, pedidos, orações, cartas, mensagens, chegavam a todo momento de todas as partes da Terra que não se encantavam com mais nada. Resolveram brincar entre si e para descansar , criaram da quinta essência o éter, a matéria prima dos deuses, uma espécie de salvador programado para atender as necessidades humanas para atuar enquanto descansassem do tédio de serem deuses.

Entre jogos e competições divinas, regadas a comemorações com esplendidos banquetes onde a música era farta e a beleza dos momentos sem par, os deuses se divertiam enquanto o “salvador” os substituía. O “salvador” simpatizou com os humanos e um dia burlando a vigilância dos deuses que se divertiam no fundo do céu, procurou o Criador e para ele dirigiu seu desejo. Quero ser como os humanos e viver como eles, sou uma espécie fictícia de “salvador”, inventado para substituir os deuses em seu tédio e criado para atender as necessidades humanas sem poder conhecê-los de perto. Talvez o “salvador” não soubesse bem o que estava solicitando ao Criador. E recebeu de presente, além da forma humana, uma missão impossível, converter os humanos com um simples mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei, e resolvi estar entre vocês”.

Passou um tempo e numa época remota o “Salvador” teve seu desejo atendido pela divindade maior e no solo terrestre nasceu da beleza virgem de uma jovem.

Seu nascimento foi uma celebração por todo o universo, o Criador enviou até uma estrela para marcar sua chegada.

Enquanto isso no fundo do céu, os deuses entediados ao sentir que perderam o “controle”, (que na verdade nunca tiveram sob o “Salvador”), sentiram-se punidos pelo Criador. Revoltados e invejosos, inventaram mil ardis e armadilhas que enviavam para a Terra no intento de acabar com a vida do “Salvador” e por mais que tentassem o “Salvador” deu tanto amor aos humanos que transformou esse sentimento num oceano inesgotável e profundo. Um dia seu Criador o chamou de volta, talvez para concluir sua missão no céu ou talvez para enviá-lo para alguma outra esfera onde o descaso dos deuses se fazia presente como foi outrora com a Terra.

O oceano de amor se transformou cada vez mais em luz e iluminou toda a Terra, trazendo a esperança e a fé para o planeta antes tão carente e sedento de assistência divinal.

Que ao finalizar os dias deste ano em nosso calendário terrestre, possamos receber o “Salvador” dentro de cada um de nós que com seu amor profundo poderá transformar todos os nossos pedidos em uma só prece em uníssono: Paz para os anos vindouros, Paz para nosso planeta, Paz para que possamos receber as bênçãos do Criador.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 10/12/2011
Código do texto: T3382380
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