MENSAGEM DE NATAL

MENSAGEM DE NATAL

Já estamos no mês de dezembro, e já se sente certo clima natalino pairando no ar. Por isso me antecipo com esta mensagem aos amigos do Recanto, desejando a todos um abençoado Natal como prenúncio de um 2013 cheio de paz e realizações.

Anualmente, nestes dias que precedem o 25 de dezembro, o que mais se vê e se ouve é a expressão "Feliz Natal!".

"Feliz Natal!" lê-se nos jornais e revistas, panfletos e anúncios publicitários;

"Feliz Natal!" ouve-se pelas rádios e tevês;

"Feliz Natal!" são os votos recebidos e enviados em cartões através do correio;

"Feliz Natal!" é a saudação recíproca dos familiares e amigos que se abraçam e se confraternizam na noite santa;

"Feliz Natal!" desejam-se mutuamente os que se encontram no grande dia.

25 de dezembro! Que dia tão especial é este? Que magia é esta que se espalha pelo ar? Será trazida pelo chilrear dos passarinhos em acasalamento nos galhos das árvores ou a construir seus ninhos nos beirais e por toda parte? Será, talvez, pelo cantar monocórdio das cigarras, das poucas que ainda nos restam, nos dias ensolarados do prenúncio de verão? Ou, quem sabe, pela saudade do pisca-piscar dos vaga-lumes nas noites mornas?

As cigarras e os vaga-lumes eram os primeiros mensageiros do Natal dos tempos idos. Eram a alegria da criançada, que os respeitava por serem "o cavalinho e o caminhãozinho do Menino Jesus".

Que pena! Já quase não há mais cigarras!... nem vaga-lumes!... e os inseticidas, os agrotóxicos não cantam... nem piscam... só matam. Que pena!...

Dia de Natal! As crianças de hoje ainda o aguardam com ansiedade por ser o dia de receberem presentes, não mais do Menino Jesus, como antigamente, mas do "Bom velhinho", o Papai Noel.

Aliás, esta figura simpática, o Papai Noel, de tão bonzinho que é, está até perdendo as prerrogativas de velhinho e de papai, pois já se vêem por aí, pessoas de todos os sexos e idades, de gorro e trajes vermelhos orlados com plumagem branca. Se continuar assim, daqui mais alguns anos, vai lhe condizer mais chamá-lo apenas de Noel... E se esse previsto Noel do futuro generalizar-se na forma de um recém-nascido, como já se vê, a sociedade nem vai perceber, talvez, a grotesca analogia entre Deus feito menino e o velho-marionete que virou criança. As crianças, então, estarão trocando o Menino-Deus, em suas homenagens, por esse fantoche-menino, tal como vêm aceitando o Papai Noel.

Para os que não crêem, tudo bem, porque, para eles, o Natal não passa de uma festa simbólica, apenas de caráter social e de interesses comerciais. Mas para os que crêem e conservam o espírito cristão, o Natal não é apenas a comemoração do nascimento do Cristo histórico, ocorrido há dois mil anos em Belém de Judá. É, isto sim, uma tomada anual de consciência, um momento forte, portanto, na vida cristã, de celebração do constante nascer de Cristo no coração de cada um.

Oxalá não sejam nossos corações outras tantas estalagens de Belém, que não abriram suas portas para o Menino-Deus nascer!

Que nosso espírito acanhado e egoísta não se converta nas duras palhas frias da manjedoura, mas que forremos nossos corações com a maciez dos sorrisos, com o aconchego dos abraços e o calor da generosidade desinteressada aos desvalidos!

Se assim nos dispusermos a fazer todos os dias de nossa vida, então, sim, o Natal acontecerá em nós tal como Cristo o quer, e a saudação "Feliz Natal!" sairá de nossos lábios não como um desejo, mas como extravasamento da felicidade em nós para os outros.