Dizem que Papai Noel já não é mais o mesmo, que foi engolido pela avidez dos comerciantes que transformaram o Natal num festival de consumo e de vendas, fonte anual de lucros espantosos. Dizem que as pessoas se deixam envolver pela febre consumista e arrebatamento festeiro, transformando a noite de Natal numa oportunidade para promover suntuosos banquetes, homéricas bebedeiras e grandes pagodes familiares, esquecendo-se completamente de que, nessa noite, muita gente não terá à mesa nem mesmo um pedaço de pão para matar a sua fome. Dizem que, por causa do culto hedonista que atualmente predomina nessa secular celebração, a solidariedade do Natal vai se descaracterizando a cada dia que passa, ficando indistinta na visão míope do egoísmo.
Tudo bem, tudo bem, concordo, as coisas mudaram mesmo... Mas o que não mudou, na maioria das vezes, para pior, depois que o homem escolheu o Dia de Natal para celebrar a paz, o amor e a solidariedade? Calem-se, pois, vocês, que estão a me encher os ouvidos com essas lamentações sobre como "o Natal-já-não-é-mais-o-mesmo-e-blá-blá-blá" e me deixem escolher os presentes que darei para minha mulher, meus filhos, meus netos e meus amigos que, independente da natureza e do preço, serão mensageiros da minha antiga - mas que sempre vale a pena repetir - mensagem: "Eu te amo!" Porque, em mim, como em outras tantas pessoas, o espírito de Natal nunca morre...
FELIZ NATAL E UM PROMISSOR 2013 PARA TODOS VOCÊS QUE COMPARTILHARAM COMIGO - AQUI NO RECANTO DAS LETRAS - OS SEUS MOMENTOS DE ATIVIDADE E DELEITE LITERÁRIOS!
Antonio Maria Santiago Cabral
São Luís do Maranhão, 15/12/2012
OS PRESENTES DE PAPAI NOEL
