FIM DE ANO

É de novo Natal

É de novo Ano Novo

É nada de novo

É tudo tão velho

As mesmas coisas repetem

As mesmas coisas consomem

Algumas vozes não estão mais aqui

Algumas outras não escuto mais

É de novo outra festa

É de novo presentes

Outros estão ausentes

Tantos estão por vir

São mortes, são vidas,

doenças e sofrer,

são lutas renhidas

Isso é que é viver

Novo Ano desponta

O Natal já nasceu

Tanta coisa acontece

vai contar quem viveu

© Fernando Tanajura

(in Coisas do Coração - Editora Scortecci São Paulo/SP - 1993)

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