Elos

Quem ajuda hoje, já careceu de amparo ontem ou necessitará de apoio amanhã.

A vida é assim! Ela estabelece posições “temporárias”, e, quando acreditamos que o bom ou o ruim está estabelecido, ela revira tudo e nos coloca diante de outra etapa; como mãos a embaralhar pedras de “dominó” para uma nova partida.

Compreendeu a engrenagem da vida, aquele que estende a destra para o seu próximo, sem procurar saber se ele ou o outro é “carrossel de seis” ou “barata”.

Posições se alternam como as estações do ano. Necessitar é teste, acudir também. O primeiro educa o orgulho, o outro lapida a compaixão.

Estamos todos conectados. Somos piaçavas de um único feixe.

Momento chegará em que o nosso bem estar será preocupação do outro, da mesma forma que a melhor condição do outro, será nosso objetivo; mas para que essa adocicada realidade não demore a se apresentar, cabe a nós treinar exaustivamente a “não tão difícil” tarefa de se colocar na posição do outro. Só assim conseguiremos executar com melhor compreensão: o olhar amigo, o diálogo reconfortante, a compaixão, o bem querer... o servir.

Mãos estendidas são mais poderosas que punhos cerrados.

O agressor sempre será culpado, perante o tribunal de sua consciência.

Há milênios fomos adestrados pela lei de talião, e como herança, ainda carregamos o impulso da reatividade, o revide das mediocridades que nos são ofertadas... não raro, bradamos com voz pujante a equivocada máxima, “não levo desaforos para casa”.

Já passou da hora de desconstruirmos esses infrutíferos e comprometedores conceitos. Há mais de dois mil anos que a lei em vigor é a de amor! Até quando vamos ignorá-la?

Precisamos exercitar a paciência, dominar os instintos, controlar os impulsos, vigiar os pensamentos... só assim deixaremos de ser bonsais; cronologicamente maduros, cuja bagagem psico/mental/emocional, se mantém raquítica.

Permita-se mudar. Vencer a si mesmo é um dos principais motivos pelo qual estamos no octógono terreno.

É uma honra estarmos no mesmo feixe.

Excelente natal a todos.