PENITENCIÁRIOS DO TEMPO

Nascidos talvez, não aleatoriamente, passamos a viver e a crescer nas crises assim ditas pela Psicanalise.

Com flashes de memórias escusas, trilhamos o caminho rumo ao desconhecido destino, um final sem quaisquer prêmios, senão aqueles que com alguma lucidez econômica, ajuntamos.

Compulsoriamente alimentados e higienizados, adquirimos parte daquilo que julgam que será importante no trajeto, em meio ao qual, as relações familiares e parentais desordenadas nos orientam onde devemos ficar. Embora não utilizemos boa parcela do conjunto dos saberes expostos, com eles evoluímos em face do que resultam em nossas mentes turvas e de algum modo, nos tornamos melhores pessoas, da espécie.

Assim é o viver, entre amigos e amigas, que silenciosos e silenciosas, se colocam involuntários á nossa vida, sem desconfiarem, talvez, o quanto foram importantes tê-los conhecido, ou, brevemente convivido com trocas inconscientes. Assim é algumas vidas.

Se todas as vidas não conheci, tenho assegurado pela cultura de minha gente, e na qual me insiro, que com algo em comum, são meus semelhantes, desiguais semelhantes, cujas diferenças, me interessa, por desafio á meu apegos, repetidamente reviver, na cela do corpo, que me abriga, como penitenciário do tempo, certo, nos raros momentos de elevação, de que tudo veio por conta de um Deus que me guia no fazer cotidiano, redutor de minha ignorância

Sandive Santana / RJ

Sandive Santana
Enviado por Sandive Santana em 18/10/2015
Código do texto: T5418499
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