PARÁBOLA

É uma narrativa, imaginada ou verdadeira, que se apresenta com o fim de ensinar uma verdade. O emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no templo e na sinagoga, para ilustração das suas homílias (práticas religiosas). A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se à vida comum e aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45 - Lc 20.19). As parábolas do Salvador diferem muito umas das outras. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma profunda verdade espiritual.

A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO

Referência:

Lucas 18:1-8

1. Um dia Jesus contou aos seus discípulos uma parábola para mostrar a necessidade que eles tinham de orar sempre, e que deviam continuar orando sem desanimar.

2. Ele disse: “Havia numa cidade um juiz, homem muito mau, que não temia a Deus e que fazia pouco caso de todos.

3. Uma viúva daquela cidade vinha frequentemente suplicar justiça contra um homem que lhe havia causado prejuízos.

4. “O juiz não fez caso dela durante algum tempo, mas finalmente ele disse a si mesmo: ‘Eu não temo a Deus nem os homens,

5. porém esta mulher está me incomodando. Vou fazer-lhe justiça, pois está me cansando com as suas queixas constantes!’”

6. Então o Senhor disse: “Prestem atenção naquilo que aquele juiz desonesto disse.

7. Vocês não acham que Deus fará justiça ao seu povo, que lhe suplica dia e noite? Será que ele vai demorar para ajudá-lo?

8. Eu afirmo a vocês que ele lhes responderá depressa! Mas a questão é: Quando o Filho do Homem voltar, será que encontrará fé na terra?”

-Bíblia Viva

Comparação de traduções:

NVI - A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO

1- Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.

2 - Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens.

3 - E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’.

4 - Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens,

5 - esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’ ".

6 - E o Senhor continuou: "Ouçam o que diz o juiz injusto.

7 - Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar?

8 - Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?"

ACF - A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO

1 - E CONTOU-LHES também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer,

2 - Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.

3 - Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.

4 - E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,

5 - Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.

6 - E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.

7 - E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?

8 - Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?

Contexto imediato:

A justiça do Justo Juiz para com o seu povo, quando este diante da injustiça e do sofrimento pensam em esmorecer. Está relacionado aos discípulos, prevenindo-os quanto as perseguições decorrentes da expressão da fé em Jesus Cristo que viriam a sofrer.

Elementos da Parábola: Oração, Viúva, Juiz

Elementos Comparativos da Parábola:

Oração - A Oração é meio de comunicação entre o povo de Deus, representado pela viúva e o Justo Juiz, representado pelo juiz iníquo.

A oração perseverante será o seu refúgio e a fonte de sua paciência.

Havia uma causa a ser julgada e uma resistência a ser vencida.

Viúva - Representa fragilidade e perseverança. Não nos é revelado a sua causa. Ela fora injustiçada e buscava justiça na questão com o seu adversário.

No entanto, sua condição de viuvez não foi mais forte do que o seu espírito persistente. A sua determinação resultou em êxito. Essa viúva alcançou o que queria por meio de sua persistência.

Juiz - Representa o lado mais forte, o que tem todo o poder de fazer justiça.

Nesta parábola o juiz mal e injusto é comparado com O Bom e Justo Juiz.

O cargo que ocupava demonstrava que era alguém muito importante e que não temia nada nem ninguém. Era poderoso e iníquo.

Ele era vazio de Deus, portanto não tinha amor nem respeito ao próximo.

Cuidava apenas de si mesmo. Ele justificou a viúva somente porque o importunava e ele não queria ser molestado fisicamente.

Esse juiz injusto não pensava em Deus nem na viúva, apenas em si mesmo.

Lição Principal:

No início desta parábola, Jesus alerta sobre a obrigação de orar sempre e nunca perder a força.

A perseverança na oração está relacionada à atitude de não desistir dos propósitos seja por incredulidade, desânimo ou dúvida.

Lições Paralelas:

Ter resposta na oração não consiste em belas palavras nem em orações longas. É o que vemos na parábola a seguir, do fariseu e do publicano. Aliás, a temática da oração é uma das ligações entre os dois textos.

O exemplo da viúva legitima o direito que Deus nos concede de sermos insistentes e persistentes em nossas orações.

Temos também o exemplo de Jacó que lutou com Deus até ser abençoado:

Genesis 32:28 - Então disse o homem: "Seu nome não será mais Jacó, mas sim Israel, porque você lutou com Deus e com homens e venceu".

Comentário ou Aplicação para os nossos dias:

O Justo Juiz nos assegura que ouve e responde nossas orações.

O juiz iníquo atendeu a insistência da viúva, quanto mais O Justo Juiz atenderá a oração daquele que perseverar até ser atendido.

Mesmo que nos sintamos frágeis e injustiçados como esta viúva, devemos seguir seu exemplo de perseverança, lembrando que não estamos diante de um juiz iníquo, e sim do Justo Juiz que não tarda em socorrer-nos.

Devemos ter a motivação de manter acesa a chama da fé que nos leva a clamar, bater e insistir até que tudo se consuma. Veja que Jesus termina a parábola dizendo assim: “…Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” - Lucas 18:8.

Assim como esta viúva perseverou em ser ouvida e atendida, não se deixando ser vencida pelo desprezo, nem pelo cansaço, sim, porque levou um tempo para que o juiz iníquo a ouvisse e atendesse, devemos também

chegar em oração, diante do Justo Juiz, Lhe apresentando nossas razões para que Ele possa nos justificar.

"Faze-me lembrar; entremos juntos em juízo; conta tu as tuas razões, para que te possas justificar." Isaías 43:26

Lembro-me de um antigo comercial que o filho pedia ao pai uma bicicleta e deixava bilhetinhos em vários lugares que dizia 'não esqueça da minha caloi'.

Logo, a certeza que Deus está ouvindo a oração, e que Ele é o Bom e Justo Juiz, trará aquietação ao coração e resposta a petição. Isso é Fé!

Quanto aquilo que você está lutando em oração, creia que não está desafiando ao Justo Juiz, mas sim determinando justiça contra o adversário.

"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;" 1 Pedro 5:8

Rosi Candido
Enviado por Rosi Candido em 11/08/2016
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