Eu me procuro

Nunca me pareci perdido

Mas sempre procurei quem eu era.

Onde está Lorenzo?

Nas esquinas, nas ruas, na curva do texto escrito.

Sou o amor que em cada letra derramada

Sou texto de mim mesmo em verso.

E se o amor as vezes se assusta...

É porque eu não reprendo e nem o limito.

Sou desenho de nuvens no céu

Sou delta de rio em redemoinhos ao mar

Sou estrelas de luzes num pulsar de amar.

Sou vida depois da escrita

Sou caminho que ainda percorro

Sou destino que eu mesmo escolho.

E no final se me acho egoísta?

Sim claro que sou.

Porque me amo mais que a mim mesmo.