A joia perdida!

Atravessando o deserto, um viajante viu um árabe montado ao pé de uma palmeira. A pouca distância repousavam os seus cavalos, pesadamente carregados com valiosos objetos.

Aproximou-se dele e disse:

-- Pareceis muito preocupado. Posso ajudar-vos em alguma coisa?

-- Ah! - respondeu o árabe com tristeza - estou muito aflito, porque acabo de perder a mais preciosa de todas as joias.

-- Que joia era essa? - perguntou o viajante.

-- Era uma joia como jamais haverá outra - respondeu o seu interlocutor. Estava talhada num pedaço de pedra da vida e tinha sido feita na oficina do tempo. Adornavam-na vinte

e quatro brilhantes, em volta dos quais se agrupavam sessenta menores. Já vereis que tenho razão em dizer que joia igual jamais poderá reproduzir-se.

-- Por minha fé - disse o viajante - a vossa joia devia ser preciosa. Mas não será possível que, com muito dinheiro, se possa fazer outra igual? Voltando a ficar pensativo,

o árabe respondeu:

-- A joia perdida era um dia! E um dia que se perde jamais se torna a encontrá-lo.

(autor desconhecido)
Enviado por Fátima Damiani em 21/03/2018
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