História de fé de meus pais. A casa cheia de sangue e a rede com nove peixes.

Os atos antigos e saudosos do coração de minha mãe conta uma historia de fé no grande campo do evangelho.

Certo dia meu pai mobilhou a casa para minha mãe comprou tudo novo e depois de uma semana, ou um mês que estava tudo pronto, o pastor geral da Assembleia de Deus na época Pastor Paulo Leivas Macalão pastor geral das Assembleias de Deus do Ministério de Madureira no Rio de Janeiro.

O pastor Paulo Macalão convocava os pastores para evangelizar em muitos lugares e a casa toda mobiliada e linda, depois de uma semana ou um mês minha mãe conta que o pastor chamou o meu pai e convocou-o para ir um uma cidade longe, mas como faz muitos anos minha mãe não se lembra de bem que cidade que era, porque nessa época ela tinha 20 anos hoje ela vai fazer 84 anos em Outubro, então faz muitos anos, mas eu marquei tudo em um papel e no coração.

Então eles foram convocados pra ir em outra cidade longe e a mudança tinha que ir de trem, e meu pai pois a mudança novinha no trem e despachou e ele e minha mãe minha irmã mais velha que hoje está com 70 anos, que na época era criança bem pequenina, foram na frente para que quando chegassem lá recebessem a mudança na estação de Trem da cidade de Socorro interior de São Paulo.

E logo pela manhã do dia seguinte meu Pai foi até a estação do Trem para ver se a mudança tinha chegado e um dos funcionários da estação disse para meu Pai que o Trem não havia chegado e esperaram naquele dia o dia toda a mudança e nada da mudança chegar, esperaram um dia, dois dias, três dias meu Pai ia até lá na estação para saber e nada da mudança aparecer e meu pai foi na estação no terceiro dia para saber de a mudança tinha chegado e teve a noticia que a mudança se extraviou.

O Trem passou reto e não parou e foi embora com a mudança e tudo e ninguém sabiam pra onde e ninguém conseguiu dar conta dessa mudança, até hoje em 2018, pode ser que encontra, mas nunca mais viram a mudança.

Isso foi prova de fé porque ficaram só com a roupa do corpo e até a comida foi junto no trem ficaram sem nada, ai nesse cômodo dormiram no chão só com um lençol, no dia seguinte foram, para uma casa onde a filha do Pastor cometeu suicídio ela se matou por causa de um namorado e a casa ficou inundada de sangue ela tomou o veneno no quintal da casa e ai foi correndo pela cozinha e minha mãe disse que viu as marcas dos dedos dela com sangue na Pia da cozinha e ela correu para a sala jorrou sangue nas paredes e no assoalho do chão ai moça deve ter se arrependido e correu para fora na calçada da casa e tombou no chão e morreu e onde ela caiu ficou cheio de sangue e na sala o chão era de assoalho e inundou de sangue e minha mãe e algumas irmãs que ficaram lavaram o assoalho e brotava um sangue espumoso dos vãos das tabuas e depois de uma semana lavaram de novo e brotava sangue espumoso outra vez, e foram lavando até que limpou tudo e meus Pais passaram a morar nessa casa, que ficava no fundo da Igreja no funda da igreja e os irmãos se escandalizaram porque eles diziam: ___ Como pode a filha de um Pastor se suicidar!

E a Cidade inteira se escandalizou na época!

Alguns irmãos da Igreja foram embora outros se desviaram, porque eram fracos na fé, mas ficaram alguns irmãos remanescentes.

Depois de tudo isso meus Pais foram abrir a Igreja de novo para os cultos e minha mãe perguntou para meu Pai: ___ Como vamos Dizer ao povo que JESUS salva cura, batiza é bom e voltará se estamos aqui com fome e sem nada para comer, estou para desmaiar de fome?

E meu Pai disse para ela tenha calma e fé porque a nossa comida DEUS proverá! E minha mãe se ajoelhou para orar num dos bancos da Igreja e veio uma senhora e se sentou ao lado dela e minha mãe acabando a oração se sentou e a mulher se levantou e falou papa a minha mãe: ___ A senhora me da um copo de água? E minha mãe pensou, com tantos lugares para essa senhora pedir água tinha que ser aqui aonde não temos nada! Ai minha mãe com muita vergonha disse para a mulher: ___ Se a senhora não se importar eu te dou a água numa lata de Talco, (Talco Regina na época) porque perdemos a mudança no Trem e foi tudo garfos, colheres, pratos , copos juntos com os moveis... A mulher disse para minha mãe, eu não sou protestante (nessa época os crestes evangélicos eram chamados de protestante), mas gosto muito dos protestantes e ao passar aqui em frente dessa Igreja eu senti em meu coração que vocês não tem nada para comer e estão aqui com fome e enfrentando essa situação por amor A DEUS, a mulher disse para minha mãe: ___ Não precisa se envergonar, porque DEUS sabe da situação, esperem um pouco, vou em casa buscar comida para vocês e vou lhes dar comida até seu esposo arrumar emprego e chamarei uma amiga para ajudar também.

Essa senhora de era de estatura baixa e cabelos pretos e compridos e quando ela se virou para sair a buscar a comida DEUS deu uma visão para minha mãe e na visão DEUS mostrava que nas costas dessa mulher apareceu uma rede, como uma rede de crochê, rede de pescador com nove peixes vivos branquinhos se mexendo e se debatendo dentro dessa rede e meus Pais começaram o culto e foram entraram algumas pessoas novas dentro da Igreja e os irmãos remanescente o receberam com alegria ouviram a pregação que meu Pai fez pela graça de DEUS e depois da pregação meu Pai fez o apelo para quem queria aceitar CRISTO como SALVADOR e SENHOR foram umas dose pessoas novas que entraram na Igreja naquela noite e entre essas doze pessoas, nove delas aceitaram JESUS.

Depois do culto a mulher voltou com as sacolas com comida e meus Pais se alimentaram.

Nessa época eram umas sacolas de listras coloridas, não sei se alguém se lembra!

Com o passar do tempo meus Pais foram evangelizando a Cidade e a igreja foi crescendo e virou uma grande congregação e uma linda benção... E foram enviados para outros lugares.

Essa história de fé de meus Pais contam que o Evangelho genuíno de CRISTO não é de riquezas terrenas, mas sim o evangelho verdadeiro de CRISTO é evangelho de Cruz, e Cruz pesada e teste de fé e de paciência.

Essa historia verídica se deu no ano de 1952.

Autora: Rute Rodrigues Pimpim.