TUDO A SEU TEMPO

Não consigo imaginar que mesmo imbuído de toda certeza que o momento é o agora e o que é bom pra mim não será serventia a ninguém mais, que a luz lá no fundo do túnel esteja definitivamente a se apagar. O tempo que olhávamos os lírios do campo já não é o mesmo, e na impulsividade que a vida nos impõe, tépido e inerente da inconsequência dos efeitos que mais tarde acabam desmoronando sobre os que não contribuíram para que o acaso fosse o caso real da realidade que não era o nosso desejo. Não consigo entender como funciona o sistema de sobrevivência de cada um, embora o senso de responsabilidade social nos faça distintos e parciais, egocêntricos e outras vezes cruel. Sou dono do meu destino, todavia poderei ser responsável pelo bem ou mal de muitos outros.

O senso crítico talvez nos leve a reflexão sobre o que devemos ou não fazer, sobre os valores que nossas ações podem ser benéficas ou ao contrário disso, trazer prejuízos a uma sociedade que já é tão carente de humanos voltados a salvar a dignidade escassa desse rescaldo que resta da raça humana. O caminho que leva à nascente é o mesmo que leva ao pôr do sol, que aquilo que falo, penso e faço, não pode em momento algum se distanciar das ações que é o meu cotidiano. Não preciso cantar para que saiam do meu caminho e deixem que eu mesmo decida a minha vida, nem é preciso apontar o dedo pra você indicando o tamanho do seu erro pois o meu, mesmo diferente, talvez seja tão inconsequente, igual ao seu.

Henrique Rodrigues Inhuma PI
Enviado por Henrique Rodrigues Inhuma PI em 16/11/2018
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