Não foi sorte

Quando dizem que sou uma mulher de sorte me sinto profundamente ofendida.

A sorte desmerece toda a minha história, luta e merecimento.

A sorte vai contra o que de mais sagrado acredito, minha espiritualidade e minha fé.

Minha fé orientada no princípio de plantio e colheita, num universo justo que vibra em sintonia com o que você emana, que atrai aquilo que você é.

Não acredito que os opostos se atraem, acredito que por lição ou por mérito, estou na companhia das pessoas exatas para meu crescimento e desenvolvimento, e que não há ninguém acima de ninguém, estamos todos no mesmo caminho e no mesmo grau evolutivo.

Quando me dizem que tenho sorte, ofendem a capacidade e discernimento de quem me acompanha pela afinidade não por feitiço.

Quando me dizem que sou uma mulher de sorte, desmerecem quem me guarda, que é soberano e justo, e que jamais jogaria ao acaso em meu colo um presente precioso que não soubesse a gratidão que tenho em receber e a capacidade que tenho por zelar.

Nunca foi sorte, nunca esperei uma fruta cair do pé para poder me alimentar, eu busco a semente, eu preparo o solo, semeio, fertilizo, cultivo, eu honro o sol e a chuva e porque acredito na colheita, no tempo certo, colho meus frutos.

Nunca foi sorte, meu caminho é de busca, eu colho o que eu planto, eu atraio o que eu sou.

Isso vale pra mim, isso vale para todos nós.

Camila Paiva
Enviado por Camila Paiva em 02/08/2019
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