ESCOLHA SAIR DA QUARENTENA EMOCIONAL

um apresentador fez uma observação essa semana que queria comentar aqui com você. Ele disse que viver uma vida emocional escondida por sua opção sexual é igual a quarentena.

Não é que ele tem razão. Ficar de quarenta para nós foi um momento muito complicado...as coisas mais simples como bater papo no elevador, sair a tardinha para caminhar ou aquela rápida corridinha ao shopping acabou.

Suas expressões de carinho foram tolidas, seu abraço cortado e seu olhar ameaçado.

Você não é mais o amigo, o companheiro nem o esperado. É um transmissor em potencial. É uma doença oculta que pode levar a morte.

Para a maioria da população essa é uma experiência nova. Uma parcela da populacao não é. Já foram considerados loucos pela ciência, cheios de demônios pela religião e contagioso pela sociedade.

Assumir que tinha um amigo diferente da minha opção sexual era assumir que não era confiável e não podia misturar aos demais.

A família sumia, a mãe chorava a perda de um filho vivo, o pai jogava para fora de casa e a família se desmantelava.

O melhor era viver uma eterna quarentena dentro de si. Casava-se e dava-se em casamento que era uma assinatura de fracasso em potencial. Alguns viviam por anos dentro de um casamento de fachada, onde era apenas um sepulcro caiado.

Quando Jesus disse que a verdade é libertadora, Ele foi exatamente no ponto mais importante da nossa vida. Ser verdadeiro consigo mesmo e com o outro.

Em pleno século de conhecimento e abundância de entendimento ainda há muitas pessoas que sofrem por se esconder de sí mesmo e dos seus.

Viver uma sexualidade saudável ainda continua sendo para o novo homem uma conquista complicada.

Não acredito em poliamor ( é a prática ou desejo de ter mais de um relacionamento, seja sexual ou romântico, simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos). Porque nós estaríamos abrindo um leque de poligamia que foi provado muito confuso. E quem sofria era só a mulher, ela sempre nessas circunstâncias saem perdendo espaço, liberdade e amor próprio.

Ainda temos muito a caminhar para encontrar um equilíbrio entre a emoção e a razão. A emoção de sair fazendo tudo que gera prazer trás a loucura e viver escondido porque não pode ser família também gera muita frustração.

Por isso é muito importante a verdade. E se está se sentindo muito perdido em meio a tantas fobias, conceitos e formas, melhor é sentar e pensar. Terá duas opções para decidir. Ler muito ou procurar ajuda profissional ou eclesiástica e deixar que Deus possa nos ensinar a viver de forma a não escandalizar a criação e nem matar o outro com a tristeza da mentira.

O que não cabe mais é a violência sem medida, é ver tristezas estampadas e muita falsidade.

Até a próxima...

Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 20/05/2020
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