Sensação de luto

Não há justificativa para o mal...

E ter que me acostumar com isso tudo!

A minha alma está inquieta...

O futuro?

É algo que não podemos mensurar.

Na plenitude que plaina sobre o ar...

Quem foi que disse que seria fácil?

Eu me dou bem muito bem...

Com bem!

O que é ruim...

Só nos machucam –

E fere cada vez mais os sentimentos.

Eu acredito que deva haver uma saída, mostrando-nos uma luz no fim do túnel.

Que essa passagem aqui na Terra possa ser diferente.

Não quero o muito somente o básico para sobreviver.

Sei que os espíritos de luz caminham ao meu lado.

E que também há um propósito para tudo isso...

Mas não tenho a certeza de que algum dia compreenderei.

É tão estranho me sentir diferente daquilo que sou...

A minha natureza impera a luz, enquanto vejo pessoas tão sombrias ao meu lado.

Por que tamanha violência?

Por que fazer outras pessoas sofrerem tirando a sua liberdade ?

A Terra não deveria existir para este propósito.

Uma luta infinita por uma ganância de poder.

Não estou falando somente do lugar no qual vivemos como sociedade.

Isso é uma chaga...

Uma ferida aberta que sangra...

Que dói...

Rasga na pele dos menos favorecidos.

Tenho luz!

Posso iluminar outros caminhos –

Ao menos daqueles que desejarem.

Mas nem todo mundo é capaz de enxergar, e nem ao menos favorecer o brilho alheio.

O ser humano –

Dito racional só pensa em governar para causas próprias ou daqueles que compactuam com os seus desmandos e desmantelos.

Somos mais do que aparentamos ser além dos nossos tons de peles.

Dos nossos cabelos crespos...

Ou do nosso CEP.

Vivemos às margens de um governo corrupto.

A todo custo tentando sobreviver -

A maioria das vezes vencemos as batalhas diárias.

Por vezes, há dias que achamos de que nada adianta lutar.

Porém, mais um dia amanhece -

Abrimos os olhos.

Talvez a barriga ainda ronque de fome –

Ou a alma grita por um anseio de misericórdia...

E levantamos as nossas cabeças -

Com brilho e altivez,

Caminhando e indo a luta.

Porque uma vida só não basta.

Pois precisamos lutar também por nossos semelhantes.

É a vida que segue em seus destemperos diários.

Porque somos da favela...

Sobrevivemos nos atropelos –

Da comunidade.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/08/2020
Reeditado em 04/08/2020
Código do texto: T7025264
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