POEMA DE FIM DE ANO

Caros Amigos,

Já finda este ano que muitos lamentam; embora eu, pessoalmente, de nada me queixe; passou-se esse ano sem ter grandes perdas, embora bem saiba que são muitos mais que o tempo perdeu. Mas como nos disse o antiquíssimo Job, que a Bíblia copiou de textos sumérios: “Pois então, se agradecemos a Deus pelo bem, por que não agradeceremos pelo mal também?”

Contudo, recebam meus mais sinceros votos de que o ano novo nos traga a vacina, saúde e segurança, amor e satisfação pessoal e profissional.

Melhor que uma peça de minha própria lavra, pareceu-me adequado incluir a mensagem do Prof. Rubens Ernesto Calo Wayne, grande amigo e mentor tanto meu como de minha esposa e de muitos mais, o grande incentivador da poesia em Bagé, fabuloso poeta, extremamente humilde e generoso com todo o seu irrefutável talento.

Portanto, deixarei aqui com todos o

Poema de Fim de Ano

Rubens Ernesto Calo Wayne

Surpresa nenhuma se amanhã entrar

Um Ano Novo se amanhã entrar;

Surpresa há de ser, se em vez de Ano Novo

O tempo der volta, der volta pra trás

E em vez de Ano Novo, no Velho viver...

Um Ano Velho que entra de novo

e nós dentro dele, novos outra vez...

Assim como éramos no ano que volta,

No ano voltando que há muito se foi...

Fica novo o Ano Velho,

Fica velho o Ano Novo!

Antigo ano extinto, que o tempo,

A pedido de nós, faz reprise

Que assim não nos pise

O tempo perdido,

Que assim não nos pese

O tempo passado

Que o tempo presente nos dá de presente,

Tudo isso porque

Questão não fazemos do tempo futuro.

Tudo isso, porém, se o tempo quiser

Dar volta pra trás,

Se todo esse tempo for disso capaz!