Pandemia jan.21 - UM PAPEL, UM LÁPIS E UMA PEDRA

Nestes tempos de perigo para todos, de luto para muitos e de alegria para alguns, tomemos um papel, um lápis e uma pedra.

Então, anotemos no papel os nomes daqueles que, nestes tempos, têm ocupado o seu e o nosso tempo para nos precaver, segundo eles mesmos, em nome da tecnologia, ou da medicina, ou "do povo brasileiro", ou "do que estão falando por aí", ou do místico, ou até mesmo em nome de Deus.

Assim, quando a noite milionariamente mortífera dessa pandemia passar e a luz do dia nos revelar a verdade sobre seus avanços, ou seus prognósticos, ou suas intenções, ou suas crenças, ou suas predições, ou suas profecias, não os esqueceremos e nem lhes faltaremos com a reta justiça.

Pois poderemos tomar a pedra e por sobre ela os nomes daqueles que foram verdadeiros, altruístas e humanitários para além dos seus próprios interesses e apoiadores, para que ela lhes seja como um pedestal de honra e um memorial ao seu heroísmo exemplar.

Mas em último ato deveremos por sob essa mesma pedra a lista daqueles que incorreram em desserviço, omissão ou mentira justamente quando a humanidade mais precisou da verdade, da justiça, da empatia e do amor.

Sob ela estarão ancorados no passado e só nos servirão para lembrança dos danos das suas indiferenças e dos seus devaneios, para não sermos enganados de novo.

Com a lição aprendida, poderemos nos tornar na humanidade mais humana que o chão debaixo desse céu já abrigou. Portanto, nos unamos em oração pelo abreviamento desses dias.

Deus guarde os saudáveis, cure os enfermos, receba os finados e console, pessoalmente, todos os enlutados com o Seu amor especial.