Nosso tabernáculo

"Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus" (2 Co 5.1).

Nesta vida somos um tabernáculo. E vivemos em uma "casa terrestre". Que pode (e vai!) um dia se desfazer. E nesta ocasião temos que ter garantida a nossa nova morada: um edifício não feito por mãos, eterna, nos céus.

Neste tabernáculo, enquanto estamos aqui nesta vida temporária, temos que nos encontrar com o Cristo divino, que já esteve humano e se tornou o fundamento da nossa redenção (Ex 26.15-30).

Através desse encontro, adentramos o páteo do santuário das nossas almas. Nossa vida outrora de pecado é reconhecida, há arrependimento, somos purificados na lavagem da Palavra, sacrificamos o nosso "eu" no altar e nossos pecados são perdoados (Ex 30.1-21).

O nosso coração passa a ser lugar santo. Passamos a nos alimentar de Cristo, o Pão do Céu, recebemos a revelação do poder de Deus através da perfeição da luz do Espirito Santo e somos capacitados a oferecer o nosso incenso diário no altar da oração, do louvor e da adoração ao nosso Senhor (Ex 37.10-29).

Até aqui, podemos estar acompanhados. Mas é necessário seguir adiante. E deste ponto em diante, só podemos ir sozinhos. É imprescindível passar pelo véu que nos separa de um relacionamento genuíno, sincero e profundo com Deus. É preciso que nossa alma se torne um lugar santíssimo. O novo véu se apresenta na "carne" de Cristo, através do sangue do sacrifício na cruz do Calvário (Ex 26. 31-33) (Hb 10. 19-21).

E, assim, com ousadia, passamos pelo véu, e o efeito dessa entrega nos faz ficar diante da presença verdadeira do proprietário deste nosso tabernáculo, o Deus Todo Poderoso (Ex 25. 10-22). E, nele, encontramos toda a sua santa e soberana vontade, o seu sustento e provisão para a vida aqui e na eternidade; e o alerta, o sinal, para que nunca saiamos da sua presença, jamais (Hb 9.4).

O Ap. Paulo nos alerta, com veemência, para que possamos estar firmes neste tabernáculo, vestidos genuinamente da nossa vida nova em Cristo; e que, naquele dia de encontro com Deus, não sejamos encontrados nus (2 Co 5.3), para não perdemos a concretização das promessas do Senhor na nossa vida.

Reflita! Tenha um propósito na sua história!

Deus abençoe muitíssimo a sua vida!