Entrego! Confio! Aceito! Agradeço!
Já tinha ouvido isso? Essa, digamos, frase? Já?
Qual significado de "entrego, confio, aceito e agradeço"?
Um dos possíveis significados, um dos entendimentos da filosofia do mantra "entrego, confio, aceito e agradeço" em teoria é simples.
Na verdade, tem a ver como vemos e sentimos a nossa vida e como escolhemos nos preparar para enfrentar as jornadas de adversidades da vida.
Ao nos depararmos com questões ou problemas que aparentemente parecem impossíveis de resolver, buscar paz, calma, harmonia (e sabedoria) para resolvê-los.
O mantra (ou oração) nos dá força!
Reforça a fé!
E em conjunto com a meditação, nos relaxa, acalma!
Como se nos deixássemos cientes e prontos para o que der e vier.
Tendo essa calma, essa paz interior nos acolhendo. Nos preparando! Nos fortalecendo!
De onde vem? Onde surgiu?
Foi criado por José Hermógenes de Andrade Filho (Natal, 9 de março de 1921 – Rio de Janeiro, 13 de março de 2015), mais conhecido como "Professor Hermógenes", foi um militar, escritor, professor brasileiro, divulgador do hatha ioga.
Eu os convido, concito a pesquisarem para conhecer a obra desse grande brasileiro.
Entrego, confio, aceito e agradeço é um mantra criado por esse iogue brasileiro há anos, que ainda ecoa, reverbera em nossas almas e gera esperanças!
Mas o que vem ser mantra? Como usar um mantra?
Os mantras originalmente são como poemas ou orações e foram originalmente escritos em sânscrito.
Eles começaram a ser praticados por induístas, budistas e mais tarde foram exportados para diferentes culturas.
Como a prática da yôga. Ou da meditação.
Hoje ao uso de mantras durante a meditação é utilizada por diferentes povos para fins espirituais sem vínculos com as religiões. Porque a prática de meditação não é exclusiva de nenhuma religião ou filosofia.
É uma atividade totalmente independente de religião, na verdade!
A meditação é uma prática excelente para acalmar a mente e equilibrar as energias do corpo.
Quando aliada a mantras, esta técnica praticada desde os primórdios, se torna ainda mais poderosa para aprimorar o controle emocional e atrair positividade para diferentes áreas da vida.
Usada ainda a meditação por muitos "coaches" para melhorar o "foco", a "determinação" e a "concentração" para realização de tarefas desafiadoras em várias áreas a saber: esportiva, empresarial, etc.
A meditação atua com muito poder e propriedade no conceito moderno de "mindfulness".
O sábio professor Hermógenes, escritor e um dos principais nomes responsáveis por trazer a cultura iogue ao Brasil, escreveu o mantra “entrego, confio, aceito e agradeço” para superar as fases difíceis da vida.
Segundo ele, as quatro ações citadas na frase trata-se de um verdadeiro ato de fé absoluta que não questiona, em nenhum momento, os desígnios de Deus.
A história de vida do professor Hermógenes deixou muitas reflexões e, mesmo depois de anos, o mantra criado por ele continua ecoando e inspirando pessoas a seguir as quatro ações de demonstração de fé absoluta.
A verdade é que esse mantra, toca profundamente meu ser! Minha alma!
Hoje de manhã, me deparei com esse mantra!
Que sempre me inspira!
E hoje, me inspirei a mergulhar no seu conteúdo, no seu significado!
E compartilhar.
Então apresento a "minha versão" do significado desse mantra!
O que sinto!
O que me traz!
O que me provoca!
O que entendo!
E mais que tudo, a intenção do meu coração, da minha mente e da minha alma, quando o pronuncio!
A vocês, com absoluto amor e carinho, compartilho esse conhecimento da minha alma!
Que pode ser igual ao seu!
Que pode ser diferente do seu!
Não importa!
Afinal, numa reflexão mais sutil ainda do mantra, não existe certo ou errado. Existe a percepção de cada um.
É só o que existe!
Entender e respeitar a percepção de outrem tem o condão de nos manter em paz. Longe do conflito.
Pois cada um sente de um jeito!
Então, longe, bem longe de sinalizar minha opinião ou visão como certa ou única, simplesmente a apresento a vocês:
"Entrego!
Confio!
Aceito!
Agradeço!
Entrego o que?
Entrego meus medos, aflições, inseguranças, mágoas, tristezas, enfim todo tipo de problema ou fator negativo em minha vida.
É um processo profundo de desapego na verdade. De deixar de carregar (na mente, no coração, no corpo e na alma) essas energias negativas para não sofrer mais as consequências. Por incrível que pareça podemos ser apegados sim a sentimentos negativos.
Quando reclamamos, quando nos fazemos de vítima, e principalmente quando nos entregamos a mercê desse negativo.
A quem entrego? Ao Deus do meu coração e compreensão! Ao Universo, ao Pai Celestial, ao Cósmico, ao Grande Arquiteto, ao Todo. Entregue àquela inteligência que você entende ser Suprema! A sua divindade!
Na verdade, entregar, significa deixar de se preocupar! Só isso!
Confia? No que?
Simplesmente no processo e no fluxo da vida Universal.
Confiar que mesmo que não consigamos entender, a vida tem seus motivos. Seu fluxo.
Confiar que não tem sorte ou azar, ou mérito!
Confiar na Lei do Karma, ou Lei do Retorno. Ação e Reação. O que plantar, vai colher.
Confiar (eu não disse que seria fácil) que tudo está certo!
Que tudo tem um propósito!
Acreditar nisso não de forma racional, mental... mas com o coração! Na fé!
Aceito o que?
A partir do momento que eu confio, eu entendo, eu aceito e assumo a responsabilidade pelas consequências dos meus atos.
Sem conflito! É o que é!
Aceito a lei da impermanência!
Aceito que nada é eterno nesse planeta! Que tudo é passageiro!
A dor e o amor!
O sol e a noite escura!
Aceito (e entendo) o fluxo da vida!
Agradeço, o que?
Tudo! Estar vivo, para começar!
O ar, a água, o planeta... ser grato a tudo que possuímos, usamos, percebemos, vivemos e sentimos!
Agradecer as coisas boas como prêmio de uma ação acertada anterior.
Agradecer aos erros, pois seremos lapidados por eles. Iremos amadurecer com o erro!
Agradecer a tudo!
Entrego! Confio! Aceito! Agradeço!
Para simplesmente estar em harmonia comigo e com o Universo!
Com meu Mestre Interior e meu Mestre Superior.
Equilíbrio da minha humanidade com a divindade.
E em paz!
Paz Profunda!
Assim seja!"
Veeresh Prem Das (Mauricio Franchi)