Um comentário no Overmundo

Quando o deserto diz tanto...Crescente da Lua levantina, Vênus no aconchego; Lua-cimitarra corta a peia na pele dos desejos; seios, soltas-dunas-ao-vento, ventre...que antecipa a dança dos figos e das tâmaras, no oásis...que as canelas do meu cavalo-árabe alcança pela rota das caravanas que deixaram as pegadas das patas dos camelos...na areia... tantos caminhos paralelos, por onde a fantasia leva as candeias para a tenda das estrelas...e foram só mil e uma noites em que os rubis que pendiam dos teus cabelos negros faiscaram a tua testa com as gotas rubras que queimaram os teus pés descalços...e nisso eu te roubei e te levei no dorso do meu cavalo, cinza de pintas brancas, galopando no lençol da lua-cheia.

Um dia ainda escrevo uma poesia para falar de amor e de algo que seja erótico, oh! Cerejeira...