PRÓ-CON

Dia 15 comemoramos o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor e é justo homenagearmos nosso PROCON local, que tem desempenhado seu papel com muita responsabilidade, coerência e realmente a favor do consumidor, o que inspirou o título desse texto.

O cidadão está mais informado e busca apoio através do órgão competente, fazendo valer seus direitos, exigindo do fornecedor um produto que funcione da forma esperada, do prestador que o serviço atenda adequadamente, etc.

A Fundação Procon de São Paulo atendeu uma demanda de quase 400.000 casos tanto em 2.002 como em 2.003, sendo que aproximadamente 12% foram reclamações de produtos e serviços, conforme fonte no site da instituição.

Não é o meu objetivo explorar esse espaço para criticar nosso comércio ou nossos prestadores de serviço, apenas reforçar que o consumidor está atento e não abre mão de um atendimento justo, digno e com qualidade.

Em se tratando do comércio ou do serviço privado geralmente temos opção de utilizar outro concorrente, pior quando se trata de serviço monopolizado como energia, água, telefone, etc. Recentemente nossa conta d’água sofreu um aumento brutal e a imprensa local divulgou bastante o assunto, hoje não se noticia mais nada a respeito, como vai ficar esse caso? É justo um aposentado que recebe um salário mínimo pagar R$ 10,00 a R$ 15,00 de energia e R$ 50,00 a R$ 60,00 de água? Só nos falta a Companhia de Energia entender que está com os preços defasados e tentar comparar com a água majorando também para os mesmos patamares. Daí nossos aposentados terão metade do seu vencimento comprometido com água e energia.

Muitos empresários não estão satisfeitos com a legislação brasileira que protege os direitos do consumidor, esses certamente são maus empreendedores, não estão preocupados com a qualidade daquilo que vendem, pensam somente no resultado do seu negócio, ignoram a necessidade do comprador ou tomador do serviço. O tempo se incumbirá de resolver essa questão, naturalmente esses sairão do mercado, não haverá mais espaço para continuarem explorando o consumidor. Nem aqui em Matão, Brasil ou qualquer outro lugar do mundo, essa mudança é globalizada.

O empresário que colocar no mercado um produto com qualidade, preço justo, assistência técnica, atendimento, respeito ao consumidor, etc, é que merecerá a nossa preferência, provocando o crescimento e a prosperidade do seu negócio.

Isso não é nenhum favor, é obrigação e quem assim entender estará participando do mercado e correspondendo aos anseios dos consumidores, que a cada dia estão mais afinados com as novidades, qualidade, valor percebido, entre outras condições também importantes para a realização de um negócio.

Aproveitando essa oportunidade quero destacar a dificuldade que enfrentamos no nosso cotidiano sempre que no fechamento de um acordo, participa um contrato, que geralmente é fundamentado mais a favor da contratada e se não concordamos com algum item, não sai o negócio. Como nossa intenção naquele momento é realmente adquirir um produto ou serviço, nunca nos passa pela cabeça a possibilidade de por algum motivo, por mais justo que possa ser, tenhamos que cancelar ou desistir desse acordo. Quando se faz necessário o rompimento desse contrato, aí começam os problemas, você percebe que assinou um contrato que só da garantias para a outra parte e infelizmente isso pode lhe custar muito caro. Na minha humilde opinião esses contratos não poderiam ter mais força do que o nosso código de consumidor.

O importante é exigir que o nosso direito seja respeitado, não admitir qualquer tipo de abuso, não se assustar com o tamanho do fornecedor, você é mais importante, não permita qualquer intimidação, precisando, procure ajuda do nosso protetor, o PROCON.

vladis.fernan@globo.com

Vladis
Enviado por Vladis em 19/02/2006
Código do texto: T113834
Classificação de conteúdo: seguro