EU ME PERDÔO

Eu me perdôo

Por esse tempo

Em forma bruta

Ora rochedo,

Ora o açoite do mar revolto...

Perdôo o meu ser imperfeito

Por tentar o vôo Com asas inventadas

Em imaginárias aquarelas Que teimam

com as frias cores as quentes luminosidades primárias.

Enquanto me perdôo Arduamente trabalho

Recolhendo, recompondo,

restaurando fragmentos

Por dentro

Eu não sou fênix

Tu,

Tu que pouco sabes de minhas noites insones,

Dos devaneios...

Vês a máscara Que com sucesso esconde a tristeza

O sutil blush,

na palidez da alma solitária,

Permite que pelo menos eu encare bem

O espelho.