Irritam-nos as atitudes dos outros???

Corrupções, violências, agressões, injustiças...

Tratam-nos com indiferença, desprezo, desrespeito...

Irritamo-nos e passamos horas, por vezes dias nos corroendo de raiva diante de atitudes alheias.

Perdemos tempo, saúde, tranqüilidade, por ações que não são nossas.

Suicidamo-nos indiretamente dando guarida a mágoa e abrigando em nosso coração rancorosa vontade de vingança de pessoas que nem se lembram que existimos ou que conhecemos apenas através dos meios de comunicação.

Muitos deixam se azedar e passam a desconfiar em demasia do ser humano, perdem assim, a esperança na vida e num amanhã melhor.

Tornam-se robôs programados pelo estado de ânimo de outras pessoas!

Se me tratam bem, fico bem.

Se me destratam, fico mal.

Irritam-se a tal ponto, que não raro, explodem seu próprio corpo físico e vem a falecer vitimados por problemas relacionados a hipertensão arterial.

Ou então, tornam-se pessoas neuróticas, perturbadas, a sofrer por coisas que lhe escapam o alcance.

Ilustrativo o caso da mãe que abandonou a criança na Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte - atitude reprovável sem duvida, todavia, consideremos que muitos ficaram perturbados de raiva daquela mulher, alguns, chegaram até a passar mal de tanto que destilaram ódio defronte ao televisor.

Melhor fizeram os que deram vazão ao amor se propondo a adotar a criança, não deixaram que um ato de desamor lhes causasse transtorno, antes, preferiram extravasar belos sentimentos, esses, certamente sentiram-se mais leves e livres.

O desequilíbrio dos outros deve ser motivo de auxílio e estudo para que não venhamos a cometer as mesmas atitudes.

Como deixar de desequilibrar-se ante o comportamento alheio?

Complicado, mas não impossível;

Uma das saídas é sem duvida equilibrar nosso próprio comportamento, buscando no auto conhecimento a conquista da serenidade que nos possibilitará um encarar com tranqüilidade todas as intempéries da vida.

Acusaram-nos injustamente? Criticaram-nos o louvável trabalho? Traíram-nos a confiança? O preço da gasolina explodiu?

Deixemos de lado;, devemos sim, nos preocupar com nossa postura perante a existência e seguir adiante.

Não se trata de alienação e nem de resignação irracional, mas sim, de prudência, para que não venhamos a ser vitimas de emoções desencontradas causadas por atitudes de outrem ou fatores que escapam à nossa vontade.

A ofensa que atiramos, as maldades que ofertamos conscientemente, os desprezos e ironias que lançamos a nossos semelhantes, o tempo que perdemos, esses devem ser causas para reflexão e preocupação, porquanto, são atitudes nossas.

Somos herdeiros de nossas ações e é com elas que devemos gastar nosso precioso tempo.

Pensemos nisso

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 21/03/2006
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