Respostas da vida

Sofremos tanto e por coisas tão pequenas!

Perdemos um tempo enorme, reclamando, teorizando, maldizendo, esperando que os milagres aconteçam e mudem a nossa vida.

Esquecemos de tomar as providências necessárias para que essas mudanças ocorram.

Esquecemos de agradecer a Deus pelas bênçãos de todo dia, pela família que nos dá suporte afetivo, pelo trabalho que nos garante o sustento, pelas faculdades que nos permitem entrar em contato com o mundo real, pela fé que nos dá esperança e até pelas dificuldades que nos fazem crescer, amadurecer, evoluir.

Esquecemos de mudar nossos padrões mentais, buscando a sintonia com as verdades eternas, esquecemos de abrir as portas do nosso coração para deixar a luz entrar e iluminar a nossa casa mental.

Esquecemos de praticar a caridade -não só aquela de dar uma esmola ao pobre, de má vontade, e apenas aquelas moedinhas que não nos farão a menor falta!-, mas a caridade verdadeira da palavra amiga, do saber ouvir sem julgar ou condenar, da solidariedade, da tolerância, da compreensão, do afeto espontâneo.

Depois, assim fechados, ainda nos achamos injustiçados por Deus, pelos amigos, pelos parentes, pelas leis humanas.

Se não somos capazes de dar sequer uma migalha de amor, nem mesmo àqueles que nos pedem, como poderemos exigir que a vida nos recompense pelo nosso egoísmo?

Quantas oportunidades de servir ao próximo perdemos todos os dias, seja por comodismo, por ignorância ou por qualquer outro motivo que nos torna insensíveis aos sofrimentos alheios?

Até quando vamos desperdiçar as preciosas lições que a vida nos dá diariamente?

Toda essa nossa angústia, esse descontentamento, essa frustração, são a resposta mais clara de que estamos no caminho errado, de que nos desviamos num determinado ponto daquela meta que traçamos ao reencarnar.

Alguma coisa precisa ser feita -e não será fora de nós, mas por dentro, no coração e na razão, é só aí que temos algum poder!

Já não chega de querer controlar até o pensamento do outro (marido, filhos, pais, irmãos); de querer que apenas os outros sejam honestos e cumpridores dos seus deveres, para que a nossa vida seja mais fácil; de querer que os outros nos entendam e nos retribuam por todo trabalho que nos dão?

Já não chega de acreditar na sorte ou no destino, que deveriam fazer por nós o que nos cabe fazer agora?

A vida fala; ela responde às nossas dúvidas; ela nos aponta os caminhos mais acertados.

Nós é que, muitas vezes, nos fazemos de surdos...

StelaStela
Enviado por StelaStela em 19/11/2008
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