Com licença!!!

Com licença, bem-amado,

preciso chegar...

Aqui ao relento

o frio é forte

...venho sem agasalho.

Preciso do teu jeito

para abrasar meu peito.

(Basta isso... me contento!)

Com licença,

preciso entrar...

É quase gelo esse orvalho,

e a noite... parceira da morte

(profana... fria... insana...)

não tira de mim o olhar.

Com licença...

me acerca com tua alegria

(se agora egoísta eu sou

sei... compreenderás um dia...)

Até aqui chegar

as portas eram de aço

(nelas quase deixei a calma

quase perdi minh' alma...)

Com licença,

abre-me tua porta!

Sem farsa, tenho pressa!

O tempo que virá

já é agora presente

em alguma nuvem esparsa...

É urgente!

Preciso do teu beijo

de ti, do teu abraço

sem prece sem promessa

(não sei se é desejo

que 'de jeito' já se apressa...)

Em nome do amor que começa

e traz consigo a sentença

surpreso ante tanto ardor,

... - preciso entrar!...

Com licença, por favor,

meu 'ben'-amado!

*Este poema quase prosa, resultou da intertextualidade com um comentário feito por meu querido amigo e grandioso poeta Lavinsk Vetter, a quem agradeço muitíssimo a presença em minha escrivaninha! bjs, Vetter!

lilu
Enviado por lilu em 13/01/2009
Reeditado em 28/01/2009
Código do texto: T1382820