Com licença!!!
Com licença, bem-amado,
preciso chegar...
Aqui ao relento
o frio é forte
...venho sem agasalho.
Preciso do teu jeito
para abrasar meu peito.
(Basta isso... me contento!)
Com licença,
preciso entrar...
É quase gelo esse orvalho,
e a noite... parceira da morte
(profana... fria... insana...)
não tira de mim o olhar.
Com licença...
me acerca com tua alegria
(se agora egoísta eu sou
sei... compreenderás um dia...)
Até aqui chegar
as portas eram de aço
(nelas quase deixei a calma
quase perdi minh' alma...)
Com licença,
abre-me tua porta!
Sem farsa, tenho pressa!
O tempo que virá
já é agora presente
em alguma nuvem esparsa...
É urgente!
Preciso do teu beijo
de ti, do teu abraço
sem prece sem promessa
(não sei se é desejo
que 'de jeito' já se apressa...)
Em nome do amor que começa
e traz consigo a sentença
surpreso ante tanto ardor,
... - preciso entrar!...
Com licença, por favor,
meu 'ben'-amado!
*Este poema quase prosa, resultou da intertextualidade com um comentário feito por meu querido amigo e grandioso poeta Lavinsk Vetter, a quem agradeço muitíssimo a presença em minha escrivaninha! bjs, Vetter!