Não nego...

Não nego.

Quanto mais o tempo passa, mais próxima de mim, estou.

Não nego minha sexualidade aguçada.

Interessante!

Sempre ouvi dizer que quando envelhecemos ficamos mais frias, assexuadas talvez.

Não nego.

Sou mais mulher.

Quem sabe um pouco mais egoísta?

Pois faço escolhas na direção do meu prazer pessoal.

Investigo, observo mais as pessoas.

Sinto-me mais centrada.

Envolvo-me com mais segurança.

Mas perdi o medo.

De tudo!

Não nego.

Arrisco mais, erro mais, acerto mais.

Se erro, me perdoo.

Se acerto, felicito-me.

Sei que a felicidade é algo interno.

Não acontece de fora para dentro.

É de dentro para fora.

Aprecio a solidão.

Gosto da minha companhia.

Porém adoro poder escolher as pessoas com quem desejo conviver mais intimamente.

Abro os braços para elas.

Aconchego-as.

Entrego-me.

Não nego.

Reconheço todos os meus amores.

Sou privilegiada.

Encontrei meu amor na maturidade.

O meu homem.

Difícil isso!

Mas aconteceu.

E como é gostoso viver esse amor!

Maduro, descompromissado e desprovido de posse.

Sonho e realizo.

Preocupo-me menos com o futuro.

Vivo o agora.

Assim, sinto-me incluída no mundo.

Não nego.

Faço parte do grupo de pessoas que amam.

Incondicionalmente e sempre.

Por isso tenho sempre um sorriso nos lábios.

Uma energia de vida que me impulsiona.

E enquanto houver vida em mim, serei feliz.

Por que essa é minha meta.

Assim desejo.

É como estou e sou.

Não nego.