Filhos de Gaza!
Selar a tua ira. Deitar no manto da terra a folha pródiga,
Ocultar teu cárcere de gelo no encanto da lenda,
Soprar do Mediterrâneo o segredo do ar morno
Na folha que cai, no espírito que se esvai.
Minha conspiração silenciosa por tua história
Pendes,
Feito folha em outono,
Papel de indulto tinto em sangue.
Sonho com o pacto do silêncio
Antes que o Mensageiro volte,
E torne lenda
Amarga
Esta descendência insana,
Outrora, sementes viçosas
Deste meu, hoje, útero árido!
Sem som, eu sou
Presságio vesperal em luto.
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