A arte de viver livre

A arte de viver livre

é mais obtusa que viver amordaçado em conceitos culminantes,

preso a atribuições e retribuições,

não pela indumentária da livre vontade, mas pelo viscoso interesse.

O levante em viver poderia ser a desenvoltura consciente,

o ápice do entendimento, uma procriação mais humanística em relatos e fatos,

em termos antagônicos e benevolentes, uma salvaguarda de valores,

que se perdem na enxurrada das situações adversas, nas canaletas das desordens.

O triste fim da existência viva, as vidas desigualam, destoam, se ramificam,

em moldes de deveres para viver devendo, entornando um sabor etílico e amargo para a garganta abaixo, sentido o fel da essência.

Liberdade custa caro aos ouvidos alheios, é como se o retrogrado deliberado, o “invejoso continuo” trabalhasse dentro do seu próprio ouvido, usando as ferramentas internas os ossos interconectados; o martelo, a bigorna e o estribo.

Viver sob custodia da obrigação, preso a algemas mentais, como um ser marsupial preso dentro de sua bolsa protéica, a onomatopéia dos desolados grunhindo por sobrevivência.

A arte de viver livre nos libera;

Em pontos de vistas, em costumes

Em afabilidades...

Um grito no escuro é um pálido querer,

A arte de viver livre é para poucos.

A todos que se libertaram das algemas da impugnação mental, e destoaram da maioria, por causas que geraram grandes conquistas.