Vieste, não sei de onde

Vieste, de caminhos tão raros, despido e descalço, com luzes no olhar. Vieste, com olhos fechados, abraços apertados e um agradável, sentimento no ar.

Vieste, de longe e bem perto, do fogo eterno, com as chaves do inferno, para que eu as pudesse queimar. Vieste, com um leve sorriso, traços tão amigos, que não pude evitar.

Vieste , das cores dos céus, dos saturnos de anel, dos Judas das botas, da casa e das tocas, das loucas malocas, dos recalcados desejos, do ninho e dos beijos, da morte e o desejo, da vida e anseios, perdidos, em algum lugar.

Vieste, com flores cheirosas, contando anedotas, me guiando nas curvas, me ensinado as lutas, sentindo as minhas angústias, trazendo-me as mudas, para que eu pudesse plantar.