PAZ

Como me escapam as palavras boas

para falar do poeta,

e ele já não quer “dicionários

consultados em ‘vão’ ”,

conformo-me em dizer

que ler Drummond

é dar à mente asas pra ir aos céus;

é buscar um “sol, dentro do qual”

se possa viver, “todos em comunhão,

mudos, saboreando a palavra

que nunca está nos dicionários

nem pode ser inventada”,

é bebê-la em bica eldorada,

para silenciar dores e elegias;

ler Drummond

é oferecer à alma, refrigério.

Antonio Leal
Enviado por Antonio Leal em 09/04/2009
Reeditado em 09/04/2009
Código do texto: T1530853
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