PLÁGIO DA POESIA

PLÁGIO DA POESIA

OS POEMAS DE AMOR E DOR FORAM PLAGIADOS

Uma das vantagens da Internet, nomeadamente do GOOGLE, é a de conseguir localizar os nossos trabalhos pelo título ou até por parte deles.

Sempre autorizei a editarem os meus poemas com os devidos créditos.

Ao acaso procurei no Google pelo nome do poema “DURMA MINHA MÃE”, que em tempos editei no meu antigo blog, e fui detectar este poema publicado num blog sem uma única indicação do seu autor e com a omissão do título do poema. Fiz mais uma busca e encontrei este com outros autores. Aprofundando mais a busca fui localizar este e outros poemas completamente plagiados.

Não sei qual o interesse do plágio na poesia.

Assim é batota!

Estas atitudes merecem a minha e a vossa reflexão.

A minha poesia “sai”, espontaneamente, sem ser por encomenda. Assim, quando editava um poema que escrevi naquele momento, não me preocupava com o seu registo. (Registava depois)

Nunca quis ser mercantilista da poesia. Porém, começo a ponderar não mais editar os meus novos poemas, como o fazia, embora, a sua totalidade esteja agora legalmente depositada e salvaguardada.

Fico farto! O Plágio é tanto que chega ao ponto de disputarem a autoria dos meus poemas. Um plagiador teve a educação de se retratar e retirou a sua suposta autoria apagando o meu poema!

Existem alguns que transformam os poemas em pensamentos e dizem que os seus autores são desconhecidos.

Encontrei um poema metido disfarçadamente no meio de outros. Isto assim não dá!

Façam um teste com um poema vosso. Coloquem parte de um poema no Google busca personalizada com esse texto obrigatório e vejam quantos assumiram a autoria dos vossos poemas.

Poemas plagiados do meu conhecimento, em construção:

1) Durma minha mãe

2) Voltei

3) Esta vida não vivi

4) Natureza morta

5) Um sorriso

6) Água salgada

7) Felicidade

8) Pai

9) Asa de borboleta

10) Quando me encontro contigo

11) Estamos a tempo

12) Mocidade

13) Sem ti não passo sem ti não sou

14) O barco partia à vela

Por exemplo: O poema ASA DE BORBOLETA foi aposto o nome de um autor que nem conheço: HAMILTON AFONSO.

Imprimi o meu poema com a indicação deste nome e escrevi em comentário que o poema tinha sido plagiado.

Escreveram-me a informar que tinham rectificado. Voltei ao blog, o nome do Hamilton foi tirado sem a reposição dos créditos devidos e denominação do poema em causa.

Será fácil descobrirem toda a verdade, toda a história deste poema. Basta abrirem o link para o Blog brasileiro da ASA DE BORBOLETA a quem o poema foi dedicado e publicado no meu e no seu blog.

ASA DE BORBOLETA

Rogério Martins Simões

Queria dedicar-te um canto

Nesta terna e longa viagem

Através da poesia.

Queria dar-te uma flor

Que jamais seque algum dia.

Pois ser feliz é esquecer…

A amargura do momento

E só assim a vida é sublime

Bonita!, ao mesmo tempo:

Como este mar

Que nos separa

Nesta noite amena e calma

Silêncio! Que o meu luar

Vai beijar a tua alma.

19-08-2004 1:01

Como podem ver, até a hora em que ele acabou de ser escrito está assinalada.

É por isso que não posso sequer admitir que alguém ouse colocar em causa a minha autoria nos poemas que escrevo. Contudo, a pedido de um proprietário de um Site de poesia muito visitado, dei tempo para que o plagiador se retratasse. Se o fizer não colocarei o seu nome na lista que estou a editar no meu blog

Outro esclarecimento importante. Os poemas que aparecem sempre na primeira página deste blog foram escritos quando, ainda, escrevia sob pseudónimo ROMASI. RO de Rogério; MA de Martins e SI de Simões.

Quem conhece a minha poesia, aquela que escrevo desde os 14 anos de idade (nasci em 5 de Julho de 1949) e aquela que circulava nas mãos dos meus colegas de escola do Patrício Prazeres, ou dos meus ex colegas da Segurança Social, sabe que eu os assinava como ROMASI.

Romasi vem do tempo das lutas estudantis em que participei na luta contra a ditadura. O Romasi acabou por destruir 11 livros de poesia. Estes ficaram e foram retirados de um velho caderno que alguns amigos me incentivaram a não destruir. Os nomes destes meus amigos figuram em destaque aqui ao lado.

ESTA VIDA NÃO VIVI!

(Romasi)

Será que na vida não vive

Quem na vida já viveu?

Ou será que terá vida

Quem nesta vida sofreu?

Eu que morri e que vivo

Dentro do mundo que passou,

Nos versos que não morrerão

Após rasgar a vida

Irão lembrar quem chorou

E esta vida não viveu.

1971

MEIO HOMEM INTEIRO

(Romasi)

Meia selha de lágrimas.

Meio copo de água

Meia tigela de sal

Meio homem de mágoa.

Meio coração destroçado

Meia dor a sofrer.

Meio ser enganado

Num homem inteiro a morrer.

11/4/1975

Talvez aproveitando-se desta situação, quando os assinava como ROMASI, muitos se apoderaram deles para os plagiar. Para demonstrar como tudo isto é verdade vou editar aqui pela primeira vez a homenagem que a Rosa dos Açores me fez em 20/01/2007.

Aproveito para pedir perdão à Rosa que me dedicou esse poema, com tanto carinho, e que nunca o publiquei. A Rosa, cujo link sempre esteve neste blog, descobriu que o Romasi era afinal quem eu sou. Acabei por nunca o dar a conhecer, pois, entendia que me estaria a promover utilizando os versos que esta minha doce amiga um dia escreveu, e que vos dou a conhecer, para dar luz a factos, que podem esclarecer, quem de mim duvide.

A Rosa poderá testemunhar tudo isto se assim o entender. Rosa meu doce Açor: Obrigado

As homenagens em vida

Têm todas o meu apreço

É justa e bem merecida

E de “Romasi” não esqueço.

“Romasi” de Rogério

Simões é seu apelido,

Desfez-se o mistério

No muito que tenho lido.

”Poemas de amor e dor”

Onde guarda emoções

É um poeta sofredor

É Rogério Simões.

Seu pai também é poeta

Duplica a felicidade

É assim que se decreta

Um dom que não tem idade.

Portugueses de valor

Que partilham seus talentos

Juntando amor e dor

Alegrias e sofrimentos.

Alegrias espelhadas

Numa viagem p’lo mundo

Sendo por nós folheadas

Com gosto a cada segundo.

Rosa Silva (“Azoriana “)

Nota: É mesmo com gosto que vejo Rogério Simões presente na Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores e também no Servidor de Apontadores Portugueses (SAPO), onde também me sinto feliz.

Continuo em busca dos nomes daqueles que “TIVERAM A DISTINTA LATA” de assinarem os meus poemas. Hoje mesmo já encontrei mais dois novos nomes. Vou continuar com a minha missão pois estou convencido que alguém foi mais longe neste plágio colectivo… Já tenho em meu poder a lei que se aplica aos plagiadores do Brasil. A nossa, conheço-a desde o tempo em que trabalhava na I.C.

Dizem que não me devo preocupar. Desculpem mas não consigo. Já deparei com poemas meus estropiados, colados, com o título alterado e sem título. Até textos, meros textos foram plagiados.

Vejam o meu blog sobre a minha doença de Parkinson. Tudo o que lá está foi autorizado a publicar. Tudo tem os créditos e a fonte.

Tentarei ser rigoroso, isto é, alguns poemas meus plagiados, isto é, assinados por outros, foram certamente editados em blogs e sites sem que os seus detentores soubessem disso. Todavia, pergunto: alguém gostaria de ver artigos seus ou poemas seus plagiados. Uma coisa é omitir de propósito, ou não, o seu autor; outra é a apropriação indevida das obras de outros.

ISSO TEM NOME PLÁGIO

NOTA FINAL PARA OS PORTUGUESES:

Defendam os vossos trabalhos e não editem sem registo na Inspecção-Geral das Actividades Culturais. Palácio Foz- Praça dos Restauradores Lisboa. Depois actualizem o registo como o fiz no IGAP.

Os meus poemas estão todos registados e actualizados (Processo 2079/2009).

Para terminar, quero mais uma vez reafirmar que sempre autorizei a transposição dos meus poemas com os devidos créditos e menção do local onde os mesmos foram publicados.

Nunca me preocupei em procurar se alguém estaria a assumir a autoria da minha poesia. Nunca pensaria em tal coisa. Agora que vou descobrindo os caminhos desta afronta não consigo ter paz. Preciso de paz para continuar a escrever a minha nova poesia que convosco partilhava com felicidade. Preciso de fazer o luto desta canalhice.

Quero agradecer a todos, e são muitos, que colocaram o meu nome nos meus poemas – mesmo àqueles que não indicaram a fonte. Finalmente quero acrescentar que muitos poemas pirateados já se encontravam e se encontram publicados em livros, revistas, cadernos, blogs, sites de poesia, teses de Mestrado e até em peças para meninos de rua no Brasil.

Acreditem ou não, perdi a vontade de voltar a colocar aqui mais poemas, porém, sinto uma forte vontade de explodir, deixar sair este vendaval até que o meu corpo frágil se concilie com a minha alma.

Cumprimentos,

Rogério Martins Simões

romasi
Enviado por romasi em 10/05/2009
Código do texto: T1585749
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