Regra três

A primeira vez que você “pisa na bola” comigo,

a culpa não é minha, porque eu me encontrava imerso

na confiança da relação. Quem não é totalmente indefeso

perante aquele em quem confia?

A segunda vez que você “apronta” comigo, a culpa,

outra vez, é sua, por espezinhar a confiança dada. Quem não é compreensível o bastante para não

oferecer a segunda chance?

A terceira vez que você “sacaneia” comigo, aí, sim, devo me

afastar. Do contrário, a culpa será triplamente minha: a) por

ter confiado em quem não mereria, por ter sido ingênuo e por

não ter percebido que deslealdade pode ser uma marca do

caráter de uma pessoa.

Se não me autopreservar, estarei dando a quarta chance para

sua prática de legitimar minha falta de autorrespeito.

É simples: onde não há o predomínio da confiança, da lealdade e

do respeito, esse é um território no qual não posso habitar.