Antes do fim

Escuto as sirenes ao longe
E a dor que sinto só aumenta
Observo as luzes se aproximando
E se mesclando com a dos postes

Ainda vejo a mão do assassino
Agarrada na arma que me feriu
Ela ainda segura o objeto
Mas com os dedos frouxos
E sujos de uma tinta vermelha
Meu sangue!

Agora o brilho do highlight
Enfraquece e em seu lugar
Uma luz branca surge
E com ela uma paz que absorve
Toda a minha atenção

Escuto vozes que gritam
E outras que sussurram
As que gritam pedem que eu volte
As que sussurram pedem que eu durma
Não sei qual escutar
Mas simpatizo mais com as suaves
As outras me são muito violentas

Volte! Gritam as vozes
Não quero voltar, eu sussurro
Volte! Gritam novamente
Não! Mas o meu “não” é fraco
E as vozes sussurradas param

Estremeço por inteiro
E a dor volta com força
Me fazendo voltar!
Não!
Olho a mão do assassino
Com a arma ainda em punho
Com os dedos ainda frouxos
Respingados de tinta vermelha
Minha tinta vermelha
Meus dedos frouxos
Minha arma, minha quase morte
Meu quase suicídio!

Uma segunda chance
São as vozes que sussurram
Agora dentro de minha cabeça...

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Questão de fé!

Abraços!