Socorro, ladrão a vista!

" Um homem entrou no supermercado e vendo que o movimento estava pouco, resolveu roubar o caixa. Pegou a arma, e então apontou para o caixa dizendo:

- Isto é um assalto!

Então o caixa olhou para o revólver do ladrão e disse:

- Pode abaixa essa arma aí meu irmão, eu sei que é de brinquedo! Trabalhei muitos anos na polícia, mas como me pagavam mal, resolvi abrir um pequeno supermercado.

O ladrão o olhou fixamente tirando uma faca dizendo:

- E agora espertinho, vai passando tudo o que tem aí!

O caixa o olhou novamente e desafiou:

- Posso passar tudo sim, mas senhor ladrão, você vai querer roubar um caixa que só tem trinta reais?!

O ladrão impaciente, mas ao mesmo tempo indeciso disse:

- Eu quero o que tem aí! - retrucou

- Tudo bem, tome os trinta reais! Deseja mais alguma coisa?

O ladrão sem entender nada resolveu começar um diálogo com o caixa:

- Você sabia que eu posso te matar?

- Por quê acreditaria nisso meu filho?! Uma arma de mentira e uma faca desse tamanho, me assaltar?! Ah...Tão novo do jeito que você é, se eu fosse você eu pedia, é melhor que roubar! O que você está precisando? Eu te dou! Não tem problema descontar em meu contra-cheque!- falou o homem do caixa.

O ladrão ficou reflexivo e pensando da onde tinha vindo aquela criatura, mas percebeu algo diferente naquele moço:

- Quer saber? Toma seus trinta reais! – o ladrão se rendeu.

Então o caixa o perguntou:

- Não vai querer então mais me assaltar?

- Não! Mas eu posso então pedir o que eu estou precisando?

- Vai em frente! – disse o caixa.

Então o ladrão abriu uma enorme lista de compras falando:

- Olha, pega aí para mim, arroz, feijão, farinha de mandioca, cinco pães, cenoura, meia dúzia de ovos, leite, biscoito....

O caixa interrompeu e disse:

- Eu posso até pegar, mas será que você poderia ser mais educado?

O ladrão não compreendeu, mas seguiu o que o caixa disse:

- Então eu quero por favor, arroz, feijão, farinha de mandioca...

O caixa interrompeu novamente:

- A sua lista tem muitos itens?

- Tem sim!

- Muitos, quantos?

- Ah veja logo essa lista! – disse o ladrão sem paciência.

Então o caixa analisou a lista dele e percebeu que o homem não era má elemento, mas apenas um desempregado desesperado que estava querendo de repente alimentar a sua família.

O caixa muito bom e ao mesmo tempo sábio disse:

- Quantos filhos o você tem?

O homem ficou pálido e sem graça, e quase se entregando disse:

- Por quê quer saber? A minha vida te interessa?

Neste momento houve um silêncio. O caixa agora estava com o ladrão em suas mãos, e poderia dizer que a vida dele não interessaria a ninguém, e muitos menos a ele que estava sendo roubado, ou de repente falar com aquele pobre homem para ele se mandar porque os policiais já estavam quase chegando o prenderiam em alguns instantes.

O homem pensou e disse:

- Meu filho, a sua vida me interessa sim, e eu quero te ajudar!

O ladrão ficou perplexo, e algumas lágrimas caíram de seu rosto. Até que ele ouviu os carros de policiais chegando.

O caixa disse:

- Você tem duas opções neste momento: Ou você muda de vida, ou será preso. Se você quiser mudar de vida, lhe ofereço um emprego, mas se não quiser, você será preso. Eu não sabia que você era um homem de família. Eu lhe entendo, compreendo o que você passa, mas isto não lhe dá o direito de roubar.

Houve um segundo momento de silêncio, agora os dois homens se olhavam, e não havia mais diferença entre eles, pois as histórias se misturavam e o que sobrou foi apenas uma decisão.

O ladrão disse:

- Sim, eu aceito o seu emprego!

O bom homem do caixa, agora tinha rendido o ladrão. Ele deu a oportunidade de mudar a sua história. A rota de sua vida.

Os policiais chegaram e o ladrão foi embora, ele não levou nada, mas no dia seguinte, voltaria, mas para trabalhar, ter um emprego digno.

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Conclusão:

Na prática, os roubos são bem mais violentos e maliciosos, e cá entre nós, não podemos reagir em nenhum assalto, pois muitos morrem por isso.

Ocorrem crimes a todo instante em nossas cidades, famílias e no mundo atual em que vivemos. A realidade é bem diferente do que escrevi, e com certeza isso é uma ficção que eu gostaria de ver nos dias atuais.

A mensagem se misturou em humor, terror e ao mesmo tempo aprendizagem.

Mas com isso eu analisei da seguinte forma:

Muitas vezes somos rendidos pelas pessoas e situações de nossas vidas que nos prendem e nos fazem sofrer.

Deixamos de lado o amor e a compreensão para aqueles que estão ao nosso redor.

Deixamos de lado a essência do ser humano, que é limitado, e nos rendemos muitas vezes por pensamentos ruins, situações difíceis, depressões, dores internas e externas.

Nos rendemos para um ladrão que chega em nossa vida e muitas vezes acabamos ficando sem nada.

O ladrão de repente seja o(a) seu(a) namorado(a), seja uma pessoa quem você amou muito e não está mais com você por causa da distância, morte ou até mesmo decepções amorosas, discussões que fizeram terminar uma amizade ou compromisso que tinha com a tal pessoa.

O ladrão é esperto, e quando digo namoro, é que muitas vezes o namoro pode roubar a nossa identidade, aquilo que somos. Muitos roubam quem nós somos.

O ladrão pode chegar muito bonito e cheio de coisas para nos dar, ou pode chegar como não quer nada e nos deixar vazios e sem vida.

O problema é este ladrão nos render, porque quando ocorre este processo de rendição, não podemos mais sair do cativeiro, e será uma luta grande para nos acharem novamente, ou nós mesmos termos a força para sairmos desta prisão.

O homem do caixa na história mudou a situação, porque ele tinha rendido o ladrão.

O ladrão estava nas mãos dele, poderia fazer o que quiser com ele. E

muitas vezes nós estamos perto do ladrão que nos causa medo em nosso interior, estamos com ele em nossas mãos para mudar o nosso caminho, mas nos falta coragem para querer mudar.

Eu não sei qual ladrão está lhe rendendo hoje meu(a) amigo(a) leitor(a), mas compreendo que se você confiar em Deus e render a sua vida nas mãos Dele, sairá do cativeiro, desta prisão que lhe está fazendo sofrer tanto.

Deus não é ladrão, Deus não nos rouba nada, Ele nos devolve a vida e o que não nunca poderíamos encontrar em alguém.

Não deixe este ladrão, portanto, assumir o posto de sua vida. Não deixe este ladrão tirar as suas qualidades e o seu amor-próprio.

Não deixe este ladrão não valorizar quem você é.

Diga a este ladrão que você não quer mais ser roubado por ele.

Renda este ladrão que há dentro de você. Você pode, você consegue! Eu acredito em você!

Mas não demore, porque muitas vezes o ladrão pode retirar de nós aquilo que mais temos de precioso: que é a nossa vida, e com isso nos fazer morrer a cada dia que passa.

Por isso renda-se a Deus!

Deixe Deus assumir o posto Dele em sua vida, deixe Deus mostrar as suas virtudes, porque Ele valoriza quem você é de verdade.

Deus abençoe vocês queridos amigos recantistas!

Roberta Mendes de Araújo
Enviado por Roberta Mendes de Araújo em 13/04/2010
Reeditado em 13/04/2010
Código do texto: T2195349
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