Pra voce, nas noites de tempestade...

Há noites límpidas lá fora

E noites de tormenta em minh’alma

Quando calam-se os dias de sol

E madrugada chora comigo.

Riem-se os palhaços nas alcovas

E gritam os loucos pelas ruas

Enquanto corro em voltas por aí

Fechado entre paredes nuas.

Pedem-me razões e definições

Quem sois?

Tenho ilusões santas

E visões profanas,

Escolhei, vós, doutos da lei

Que injuriam a justiça.

Ouvis? Servos da realidade inexplorada

Mostrai suas vestes puras

Ou silenciai ante a verdade declarada.

Meu espírito alquebrado persevera

Entre passos claudicantes e pausas doridas,

Entre pedras afiadas e a relva molhada...

Meu coração compartilha tuas dores

entre visoes de paz e de loucura

entoamos canções de encontro e procura.

Peregrino do destino, clamo as céus:

-descerra os véus do Paraíso ó anjo da espada flamejante!

Deixai entrar os que suplicam por piedade!

Deixai que adentrem os portões da Eternidade

Antes que se percam nas

Noites de tempestade ...