HOMENAGEM AO HOMEM DO CAMPO

HOMENAGEM AO HOMEM DO CAMPO

Bem perto da gente, vivem pessoas que podiam ter conhecido todas as fases

que já atravessamos: dos bancos escolares, 'as diversões da juventude,

os passeios pelos pontos turísticos mais concorridos,

as mutações constantes da moda,

a dependência cada vez maior dos carros para nos transportar para todos os lugares.

E vivendo tão perto de nós, poderiam usufruir de todo conforto

da vida moderna,

discutir os problemas variados que nos afligem,

da política monetária aos grandes temas universais.

E podiam exigir tudo que vivemos exigindo,

alicerçados em tantos direitos, em tantas conquistas.

No entanto, essas pessoas que vivem tão perto de nós,

enfrentam o dia-a-dia sempre com muita esperança,

pedindo apenas que o sol não seja tão forte e que as chuvas não sejam tão inconstantes.

Trabalho para eles tem uma definição bastante clara,

é dar duro mesmo na lida diária com a terra.

É acordar muito cedo e garrar na enxada,

na sela de um cavalo amigo

ou mesmo manobrar com firmeza o volante duro do trator,

enfrentando a terra para torná-la produtiva.

Sem cartão de ponto, o trabalho só acaba mesmo quando termina o serviço,

porque a natureza ao contrário dos homens não pode esperar.

Convivendo tão permanentemente com a terra,

empregam amor e fé em seus esforços,

para que eles gerem os alimentos que vão servir a mesa de todos nós.

E quando chega a colheita, com a terra devolvendo com amor

todo carinho que recebeu,

a vida dessa gente se enche de alegria,

porque mais uma vez eles conseguiram vencer

o desafio de saciar a nossa fome!

GLÁCIA DAIBERT

GLÁCIA DAIBERT
Enviado por GLÁCIA DAIBERT em 19/06/2005
Código do texto: T25926