O PREÇO DA LIBERDADE

Um dia eu caminhava tranquilo por uma praça, e percebi um olhar de interesse. Consegui localiza-lo e me encantei pela beleza daqueles olhos. Um encontro mágico. Sorri, e obtive um sorriso em troca. Me aproximei e começamos a conversar. Um papo tímido, tranquilo. Logo um convite para caminhar um pouco pela praça. Tarde da noite, lugar escuro. Logo imaginei um beijo, carícias sucintas, quem sabe uma paixão rápida, ou um amor eterno. Mas logo à frente havia outros três rapazes, me assustei. Nada pude fazer, um deles agarrou-me pelo braço e deu-me um soco violento. A partir daí lembro-me muito pouco do que houve. Bateram-me até que eu desmaiasse. Acordei em um hospital, havia sido socorrido por um casal que passava por ali e ouviu meus gritos antes do desmaio. Acredito que isso deva ocorrer com freqüência. Isso ocorreu há já algum tempo, mas quis compartilhar com os amigos do recanto. Acredito que intolerância ainda é muito grande por aqui. Espero para que sirva de alerta, para que as pessoas percebam que o amor, independente de quem o promova ou o sinta, deve ser respeitado, sempre. Desculpem se isso soa como um desabafo, mas há coisas que é necessário compartilhar, ainda que de maneira poetizada. Beijos.

Saulo Pytriev
Enviado por Saulo Pytriev em 22/10/2006
Reeditado em 22/10/2006
Código do texto: T270631