NOTA DE REPÚDIO

AO PROJETO DE DESARMAMENTO DOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE GOIÁS - PMGO
 
     Eu, 2º Tenente PM R/R JOÃO ALVES DE SOUSA “O MILIOITO” – “SOLDADO PADRÃO” DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – 2º BPM “Batalhão de Polícia Militar e de Caçadores” “Gama Cerqueira” (O DOIS DE OURO) sediado em Rio Verde-GO da Gloriosa, Honrosa e Centenária Polícia Militar de Goiás – PMGO; venho publicamente expressar a minha ojeriza e o meu repúdio ao teor do Projeto de Desarmamento dos Policiais Militares, quer de folga ou de serviço, da Polícia Militar do Estado de Goiás, que considero “ABSURDO DOS ABSURDOS JURÍDICOS”.
       A noção infeliz de segurança pública que levou à formulação de tal projeto, antes mesmo de sua aprovação já causa espanto e terror!
       A sociedade corre o risco de ficar literalmente e estupidamente relegada à própria sorte sob a mira dos bandidos; bandidos que além de superarem a atual condição de armamento da polícia goiana; passariam a liderar nas ruas livremente e a agir largamente com toda segurança de quem não encontrará maiores empecilhos para suas ações criminosas.
       Como já não bastasse uma polícia despreparada; mal-remunerada, pejorativamente chamados de “meganha” (que pouco ganha); e visada quando age com rigor contra os bandidos (Lembrando nesse caso, da prisão dos 19 militares que no meu entendimento agiram no estrito cumprimento do dever legal e legítima defesa de terceiros e da sociedade como um todo); agora vem uma “BOMBA” para detonar de vez a frágil segurança pública do Estado de Goiás.
       Como ficarão os policiais militares em pleno campo de guerra que são as ruas onde cada vez mais os bandidos ganham espaço e poderio de fogo? Como ficarão, desarmados em tal guerra que acontece a olhos vistos todos os dias pelas ruas das cidades e que engordam as estatísticas desastrosas de vítimas do crime? Desprotegidos e sem a menor condição física e psicológica de proteger a sociedade, que também é mira no cotidiano do crime desses bandidos que gargalham às bandeiras desfraldadas; haja vista que o que mais parece é que o poder público os vê como “meros cidadãos” que por infelicidade de seus destinos, no mínino não sabem o que estão fazendo e, portanto devem ser perdoados pelos seus deslizes ou tratados com “tapinhas de luva” como se apenas fossem vítimas do destino malfadado que os levaram ao mundo crime; a justiça os vê como cidadãos cercados de direitos que devem ser respeitados, “Direitos Humanos” que os acolhem em detrimento da própria sociedade de bem, quando a própria justiça cega não enxerga os direitos dos cidadãos de bem, dos pais de família que perdem seus filhos de forma estúpida e brutal, da própria família dos policiais militares que amargam a perda de seus entes queridos que em luta contra o crime, perdem suas vidas em favor das vidas dos cidadãos de bem, isso em troca de um salário de “fome” que mal consegue sustentar com dignidade seus próprios lares.
       Por que ao invés de fragilizar ainda mais os policiais militares, relegando-os à própria sorte à mira dos bandidos, por que não se estuda um projeto de melhoria das condições de trabalho do policial militar, inclusive e principalmente de proporcionar melhores condições psicológicas? Treinamento tático de tiro certeiro para evitar “balas perdidas”, Segurança reforçada aos próprios policiais militares, salário digno, tratamento humanitário dentro da corporação, para que tais benefícios se revertam em qualidade de prestação de serviço à própria sociedade?
       Por que não se pensou em criar um Restaurante para o Policial Militar a exemplo do Restaurante do Cidadão, ao invés de cortar as verbas para auxílio–alimentação e aprovisionamento “rancho”. Por que ao invés de cortar tantos outros benefícios, a exemplo de qüinqüênios, triênios; risco de vida, dentre outros tantos direitos adquiridos líquidos e certos, criou-se o tal de “subsídio” que terminou por achincalhar uma centenária corporação e desmotivar os policiais militares que longe de sentirem o orgulho patriótico de antigamente; sentem-se muitas vezes humilhados, desmotivados para o cumprimento do dever quando muitas vezes também ouvem os sussurros da própria sociedade que não os valoriza como profissionais, devido à própria sorte que o poder público os relega. Apenas muitos só se lembram de chamar a polícia militar quando se vêem em situações anormais e adversas, de risco frente a bandidos, quando não lhes resta alternativa.
       Meu desejo e com certeza, penso que o desejo da maioria da sociedade goiana de classe é de que este projeto morra no seu nascedouro.
       Doei toda uma vida de trabalho em prol da valorização da Gloriosa, Honrosa e Centenária Polícia Militar de Goiás e na esperança de que sempre se aprimorasse ainda mais essa Corporação, trabalhei de corpo e alma para a eleição do nobre Deputado Major Araújo, mas a meu ver acredito que um Projeto dessa magnitude deveria ser formulado com uma atenção toda especial, consultando-se os melhores juristas desse país.
       A própria sociedade goiana que é a maior interessada neste assunto que diz respeito à sua integridade física, bem como os policiais militares e suas famílias deveriam ser primeiramente consultadas em forma de um plebiscito.
       Trocando em miúdos e com todo respeito, o nobre Deputado Major PM ARAÚJO pertence à Polícia Militar do Estado de Goiás – PMGO e não é a Instituição Policial Militar Goiana que pertence ao nobre e respeitável Deputado Estadual Major ARAÚJO.
       Da mesma forma, a Assembléia Legislativa deveria primar a opinião pública sempre que se idealizasse a formulação de um projeto de lei em benefício da própria sociedade.
       Acredito que o nobre Deputado Major ARAÚJO tem capacidade para apresentar projetos de maior envergadura em prol da segurança pública do que este Projeto de Desarmamento dos Policiais Militares de Goiás.
       Não precisamos de mártires e sim de policiais militares bem preparados e bem valorizados para cumprir o seu dever de manter a ordem pública.
       Não se deveriam proporcionar maiores facilidades ao mundo do crime, nem tampouco tratar do assunto com “delicadezas” que só favorecem o aumento da criminalidade.
       Ainda acredito no bom senso do nobre Deputado Major ARAÚJO para que repense e considere as idéias colocadas na formulação de seu projeto de desarmamento dos policiais militares goianos.
       Confio que o Excelentíssimo Senhor Governador de Goiás, MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR, vetará tal projeto, mesmo se aprovado pela Assembléia Legislativa de Goiás por se tratar, no meu entendimento, de um projeto inconstitucional.
 
Goiânia-GO, 14 de março de 2011.
 
Respeitosamente,
 
Saudações.
 
2º TENENTE PM R / R JOÃO ALVES DE SOUSA - QOPM - PMGO
DA    GLORIOSA,   HONROSA    E   CENTENÁRIA   POLÍCIA   MILITAR    DE   GOIÁS - PMGO
“SOLDADO PADRÃO” - CAT “A” - email:tenentepmsousa_milioito@hotmail.com
Do 2º BPM   –   BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR E DE CAÇADORES   “GAMA CERQUEIRA”
“O DOIS DE OURO”, SEDIADO EM RIO VERDE-GO
 
O MILIOITO”
 
 
“A esmagadora e triunfante Revolução de 31 de março de 1964 consolidou a Democracia no Brasil!”
 
 
 
 
      
MILIOITO PMGO
Enviado por MILIOITO PMGO em 14/03/2011
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